Lucros da EDP Renováveis derrapam 71% nos primeiros nove meses

A energética, que reportou lucros de 29 milhões de euros, foi penalizada por "eventos não recorrentes", apesar de ter visto as receitas aumentarem em 12%.

A EDP Renováveis viu os lucros dos primeiros nove meses do ano afundarem 71%, para 29 milhões de euros, depois dos 99,6 milhões registados no mesmo período do ano passado, anunciou a energética, em comunicado enviado esta manhã à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A penalizar os resultados da energética estiveram “eventos não recorrentes relacionados principalmente com o cancelamento antecipado e otimização de determinados project finances na Europa”, justifica a EDP Renováveis. Ao mesmo tempo, no ano passado, a empresa tinha beneficiado da “consolidação da ENEOP” (o projeto de energia eólica).

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Os resultados líquidos da EDP Renováveis registaram assim uma evolução negativa, apesar as receitas terem aumentado 12% face 2015, totalizando 1.210 milhões de euros.

No conjunto de janeiro a setembro, a empresa liderada por João Manso Neto registou um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 847 milhões de euros, um aumento de 8% em relação ao período homólogo. Sem considerar os eventos não recorrentes, o EBITDA teria subido 17% face a 2015.

Neste período, a produção da EDP Renováveis cresceu 20%, “espelhando as dinâmicas distintas dos parques em operação e os menores preços em alguns países”. Foi o caso da Europa, onde o preço médio de venda caiu 5%, penalizado, sobretudo, pelo “menor preço de mercado em Espanha e a maior produção, diluindo o complemento de capacidade”. O preço foi ainda “condicionado pelo menor preço dos certificados verdes na Polónia.

Já nos Estados Unidos, o decréscimo de 10% do preço médio de venda “é explicado pela nova capacidade com contratos de aquisição de energia”.

A energética conseguiu ainda reduzir a dívida em 8%. No final de setembro, a dívida líquida da EDP Renováveis totalizava 3.396 milhões de euros.

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