Uns passos de salsa para animar a Venezuela
Na estreia do seu novo programa de rádio, Nicolás Maduro falou das agências de rating, da oposição e aproveitou para dançar salsa com a sua mulher.
Há quem diga que dançar resolve todos os problemas, principalmente se for ao som de ritmos quentes e latinos. O mesmo pensa Nicolás Maduro. O Presidente venezuelano estreou, na passada terça-feira, o seu novo programa radiofónico “La Hora de la Salsa”, na Rádio Miraflores e, entusiasmado pelo adiamento do debate proposto pela oposição acerca da sua governação e pelo início oficial da época natalícia, aproveitou para dar um passo de dança.
Assim que começou a tocar “Tú, loco, loco y yo, tranquilo” de Roberto Roena, o “filho de Chavez” pegou nas mãos da sua mulher Cilia Flores e deixou para trás os conflitos com a oposição, a alta inflação e a escassez de alimentos e produtos básicos que tem assolado o seu país.
Este não foi exclusivamente um programa de entretenimento: o líder venezuelano aproveitou o tempo de antena para denunciar a guerra económica e financeira das agências de rating “gringas” que perseguem o país para que este pague a sua dívida. Ainda assim, afirmou que a boa disposição latina não se pode deter.
"Nunca ninguém nos vai amargar a vida, somos um povo alegre.”
Bitcoin em vez do bolívar
Numa altura em que o bolívar perdeu tanto valor que os venezuelanos passaram a pesar as notas e moedas em vez de as contarem, o bitcoin tem vindo a ocupar o lugar deste. Registou-se, neste mês de outubro, transações de 370 moedas virtuais por semana, revela a Quartz. Embora este pareça um valor muito baixo em relação à quantidade mundial transacionada, é preciso ter em conta que o valor, no mesmo período do ano passado era de 32 bitcoins por semana.
Só neste ano, a inflação já aumentou quinze vezes e a moeda do país perdeu cerca de metade do seu valor relativamente ao dólar – contudo, estes dados são baseados em estimativas, visto que não há divulgação oficial.
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