Vieira da Silva critica “quase paralisia na Europa”
Para Vieira da Silva, estar sempre à espera da próxima eleição coloca a União Europeia num "processo de impasse prolongado".
O ministro do Trabalho entende que é preciso ultrapassar a “posição de quase paralisia” e não esperar por eleições para resolver problemas como o da dívida portuguesa.
“É preciso ultrapassarmos um pouco essa posição de quase paralisia, ou semi-paralisia, porque este vai ter eleições, não se sabe como é que vai ser o resultado acolá”, afirmou Vieira da Silva, em entrevista à Antena 1.
Isto “significa termos a capacidade de, com quem está, poder trabalhar para reforçar a capacidade de intervenção dos instrumentos que a Europa dispõe para fazer face às crises“, explicou depois o ministro.
“Não podemos estar sempre paralisados à espera da próxima eleição porque senão a União Europeia terá um processo de impasse prolongado”, frisou o ministro, indicando, no entanto, que o “tema” não se cinge à dívida. “Diria de forma mais ampla, é o tema de criar condições para que Portugal possa recuperar economicamente no quadro europeu e no quadro de uma dívida que é uma dívida muito elevada. Acho que todos estamos a trabalhar para que essas condições se criem tão depressa quanto possível”, disse.
"Não podemos estar sempre paralisados à espera da próxima eleição porque senão a União Europeia terá um processo de impasse prolongado”
Vieira da Silva concorda, aliás, com o diagnóstico do PCP e Bloco de Esquerda. O que não significa concordar com as soluções propostas, salienta a notícia da Antena 1.
Ministro abre a porta a alterações laborais
Vieira da Silva admite reverter algumas medidas do anterior Governo na área do trabalho, notando que as relações laborais ficaram muito mais desequilibradas.
Colar as pontes aos fins-de-semana é uma possibilidade encarada, mas nunca na lei geral, diz.
Os partidos mais à esquerda e as centrais sindicais já pediram alterações à lei do trabalho, nomeadamente na área da caducidade das convenções coletivas. O Bloco de Esquerda também já apresentou as medidas que gostaria de ver revertidas.
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