Modernização do troço ferroviário Covilhã-Guarda importante para a competitividade

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2016

O investimento é "a maior obra de ferrovia que a Infraestruturas de Portugal (IP) lança em quase uma década em Portugal".

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, considerou que as obras de modernização do troço Covilhã-Guarda da Linha da Beira Baixa, hoje lançadas, são importantes para a competitividade da região e do país.

Segundo o ministro, a intervenção, que vai ter um custo global que ronda os 90 milhões de euros, é importante “para a redução de custos de transporte ferroviário de mercadorias“.

“Essa redução pode ir até 30%, essa é a nossa estimativa, com o aumento da capacidade de transporte, com o aumento de capacidade dos comboios, com a redução do tempo de trajeto”, afirmou Pedro Marques, na Guarda, acrescentando que no troço Guarda-Covilhã a velocidade aumentará de 50 quilómetros por hora, como acontecia anteriormente, para os 100 quilómetros por hora, o que também representará “melhores condições do que aquelas que aconteciam há uma década” e com melhor conforto para os passageiros.

O investimento é feito no âmbito do plano Ferrovia 2020 e, segundo o ministro, o restabelecimento da ligação Guarda-Covilhã é “a maior obra de ferrovia que a Infraestruturas de Portugal (IP) lança em quase uma década em Portugal”.

Pedro Marques destacou, ainda, a importância do restabelecimento da ligação ferroviária entre aquelas duas cidades do interior do país.

“O restabelecer da ligação entre estas duas importantes cidades, mas verdadeiramente de uma ligação internacional para toda a zona da Beira Baixa, é, para nós, da maior importância”, referiu.

Segundo o governante, a obra hoje lançada ajuda a descongestionar o transporte de mercadorias na Linha do Norte, permite as intervenções que o Governo pretende desenvolver na Linha da Beira Alta nos próximos anos e, seguramente, “potencia o desenvolvimento económico” daquela região.

A Infraestruturas de Portugal (IP) apresentou hoje, na estação ferroviária da Guarda, o plano de modernização do troço Covilhã-Guarda da Linha da Beira Baixa e o projeto de concordância daquela via com a Linha da Beira Alta.

A intervenção na Linha da Beira Baixa envolve um investimento de 65 milhões de euros (modernização do troço), mais 23 milhões de euros em estudos, projetos, expropriações e sinalização, entre outras intervenções, e contempla a renovação integral de 36 quilómetros de via e a eletrificação da ferrovia que faz a ligação entre as cidades da Guarda e da Covilhã, desativada desde 2009.

Segundo o presidente da IP, António Laranjo, a intervenção também integra, entre outros trabalhos, a reabilitação de seis pontes centenárias, a remodelação de três estações e apeadeiros, a drenagem e estabilização de taludes e a automatização e supressão de passagens de nível.

Quanto à concordância entre as linhas da Beira Alta e da Beira Baixa, contempla a construção de uma via com 1.500 metros nas proximidades da Guarda, que incluirá um viaduto ferroviário sobre o rio Diz.

A futura concordância entre as duas linhas ferroviárias “permitirá um aumento significativo da capacidade ferroviária de e para a fronteira de Vilar Formoso”, segundo a IP.

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