Mota-Engil ganha obra de 2,3 mil milhões em Moçambique, ações aceleram 5%
Mota-Engil superou a concorrência internacional e vai construir uma linha-de-ferro em Moçambique, num projeto orçado em 2,3 mil milhões de dólares. Ações da construtora aceleram em Lisboa.
As ações da Mota-Engil EGL 0,00% estão a acelerar esta segunda-feira na bolsa nacional depois de o Governo moçambicano ter anunciado que a construtora portuguesa ganhou o contrato para construir uma linha de caminho-de-ferro no país, numa obra avaliada em 2,3 mil milhões de dólares.
Em causa está uma linha ferroviária entre Moatize (Tete) e Macuse (Zambézia) e o porto de águas profundas de Macuse, segundo anunciou o presidente do Corredor de Desenvolvimento Integrado do Zambeze (Codiza), Abdul Carimo, em declarações à Rádio Moçambique. Carimo, que falava em Quelimane, capital da província da Zambézia, adiantou que a Mota-Engil ganhou a corrida após um concurso internacional que atraiu sete propostas, faltando apenas assinar o contrato de adjudicação para que a construtora portuguesa liderada por Gonçalo Moura Martins possa começar os trabalhos, “uma vez que o custo da obra foi fixado em 2,3 mil milhões de dólares.”
Após este anúncio, as ações da Mota-Engil observaram forte pressão compradora na bolsa nacional. Avançam 5,47% para 1,81 euros, a cotação mais elevada em quatro meses, mas já chegaram a disparar quase 5% durante a manhã. Já tinham trocado de mãos mais de 600 mil papéis da construtora com apenas duas horas e meia de negociação, o dobro da média diária dos últimos meses. O PSI-20, o principal índice português, ganha 0,19% para 4.635,51 pontos.
Mota acelera sobre os carris moçambicanos
Na opinião do Haitong, este contrato “pode ser muito positivo” para a Mota-Engil. “Contudo, temos de perceber se este projeto é totalmente financiado” e se a “Mota irá trabalhar sozinha ou em consórcio”, notam os analistas daquela casa de investimento. Lembram ainda que este é um projeto que estava em cima da mesa há já alguns anos e que agora, com a recuperação do preço do carvão, “reavivou o interesse em avançar com a obra”.
"Contudo, temos de perceber se este projeto é totalmente financiado e se a Mota irá trabalhar sozinha ou em consórcio.”
Segundo as informações da imprensa moçambicana, a Mota-Engil superou as propostas de duas construtoras chinesas, duas turcas, uma brasileira e outra sul coreana.
(Notícia atualizada às 11h14 com novas cotações)
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