O “mercado de capitais” para PME existe e já tem mais de 10 mil investidores

  • ECO + RAIZE
  • 6 Abril 2017

Maior bolsa nacional de empréstimos para PME conta com mais de 10 mil investidores e 5,5 milhões de euros financiados. Em 2017, a Raize prevê injetar 20 milhões de euros na economia portuguesa.

Em janeiro de 2015 nasceu a primeira bolsa de empréstimos para micro e pequenas empresas em Portugal. Com pouco mais de 100 investidores na abertura, a plataforma de empréstimos Raize criou, nessa altura e pela primeira vez em Portugal, uma alternativa de financiamento aos bancos.

Hoje, passados dois anos e com mais de 10 mil investidores, a plataforma nacional de empréstimos já realizou mais de 300 operações num valor total superior a 5,5 milhões de euros. Ao longo do próximo ano, a Raize quer apoiar o investimento de 20 milhões de euros nas micro e pequenas empresas portuguesas.

 

A plataforma funciona como uma bolsa na medida em que permite uma interação direta entre investidores e PME portuguesas.

José Maria Rego, Co-fundador da Raize

Até à data, os investidores já financiaram mais de 5,5 milhões de euros a micro e pequenas empresas portuguesas, com um retorno médio bruto de 6% nos empréstimos realizados. Na Raize, todas as operações de pagamentos e transferências entre as empresas e os investidores são asseguradas por uma instituição de pagamentos, regulada e supervisionada pelo Banco de Portugal.

Afonso Fuzeta Eça, José Maria Rego e António Marques fundadores da primeira bolsa de empréstimos para micro e pequenas empresas.

Sobre o futuro do financiamento às PME em Portugal, os responsáveis acreditam que chegou a hora de reduzir a importância dos bancos e de abrir espaço a um maior envolvimento de investidores privados. “Parece-nos óbvio que o financiamento das PME vai ser feito no futuro por um conjunto mais alargado de investidores. No Reino Unido, por exemplo, o financiamento a PME por bolsas de empréstimo já representava 14% dos novos empréstimos em 2015”. O modelo britânico conta também com o apoio direto do Governo (através de incentivos fiscais) e do Banco de Fomento (através de investimento direto).

Fonte: BBVA, Nesta Foundation

Segundo Afonso Fuzeta Eça, co-fundador da Raize, existem alguns fatores que estão a contribuir positivamente para a dinamização da comunidade de investidores, a começar pela oportunidade de investir diretamente nas PME portuguesas, sem barreiras e com uma boa perspetiva de retorno (atualmente a rondar os 6%). Na Raize, os investidores sabem sempre quem está a receber o seu investimento e isso é muito valorizado.

De acordo com os seus clientes, a Raize consegue ser mais rápida, menos burocrática e muito competitiva face aos bancos a aprovar e disponibilizar o financiamento. Na Raize, todo o processo de financiamento é feito de forma online e remota, e sem necessidade das empresas recorrerem fisicamente a um local.

Para as empresas, trata-se provavelmente da primeira grande experiência com o mercado de capitais e o feedback que estamos a receber é extremamente positivo, sublinha José Maria Rego.

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