GES: saco azul movimentou 3,2 mil milhões de euros em oito anos
Este valor é muito superior àquele que tem sido noticiado como o montante movimentado pela ES Enterprise.
O ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo (GES) movimentou 3,2 mil milhões de euros em oito anos, avança um despacho do Tribunal Central de Instrução Criminal, assinado pelo juiz Carlos Alexandre.
De acordo com o Observador, a Espírito Santo (ES) Enterprises — a sociedade offshore do GES com sede nas Ilhas Virgens Britânicas — tinha subcontas em diferentes moedas no Banque Priveé Espírito Santo e só na primeira dessas contas foram movimentados 3,2 mil milhões de euros entre outubro de 2006 e 25 de agosto de 2014.
Cerca de 80% deste valor teve origem na sociedade offshore Espírito Santo International BVI (sigla que corresponde a Ilhas Virgens Britânica) e na sociedade luxemburguesa Espírito Santo International, adianta ainda o jornal, avançando que está em causa uma das holdings de controlo do GES que apresentou declaração de insolvência em outubro de 2014.
Este valor é assim muito superior àquele que tem sido noticiado como o montante movimentado pela ES Enterprise: 300 milhões de euros.
O despacho citado pelo Observador está na origem do arresto judicial da Herdade do Vale do Rico Homem — propriedade de uma empresa de Henrique Granadeiro — depois de o procurador José Ranito ter sido informado de que Ricardo Salgado e o ex-presidente da Portugal Telecom tinham declarado na Operação Marquês que a ES Enterprises detinha 30% do capital social da Margar, a sociedade de Granadeiro que detém a herdade alentejana.
O Ministério Público afirma que a sociedade offshore suspeita de ter pago ‘luvas’ foi financiada pelos clientes do Banco Espírito Santo e do GES através de compra de dívida, adianta ainda o jornal.
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