EDP e Nos apagam subida do BCP. PSI-20 inalterado
O BCP subiu pela segunda sessão consecutiva, mas não chegou para compensar a queda dos títulos da EDP e, principalmente, da Nos, que vai entregar dividendos na sexta-feira.
Portugal saiu do PDE, os juros da dívida desceram, mas voltaram a subir esta quarta-feira dado que Portugal quer pagar dez mil milhões de euros ao FMI antecipadamente. Depois de três sessões a subir, o PSI-20 ficou praticamente inalterado fruto da desvalorização da EDP e da Nos que anulou mais uma subida do BCP. As ações do banco valorizaram pela segunda sessão, depois de ter vendido a sua participação na Pharol.
No dia em que foi descontado o dividendo das respectivas ações da Nos e da Sonae Capital — que serão pagos na sexta-feira — as ações de ambas as cotadas desceram. As da Sonae Capital desvalorizaram 9% para os 89 cêntimos por títulos e as da Nos caíram 2,6% para os 5,36 euros por ação. A penalizar estiveram ainda os títulos da EDP e dos CTT.
Por outro lado, as ações do BCP, Corticeira Amorim e da Jerónimo Martins compensaram. Os títulos do banco valorizaram 2,25% para os 22,29 cêntimos por título, acumulando duas sessões de subidas. Esta terça-feira, o BCP anunciou que abandonou Pharol após vender 6% da empresa.
O BCP avançou apesar da subida dos juros da dívida nacional. Depois de saber que Portugal pediu autorização à Comissão para pagar dez mil milhões de euros antecipadamente ao FMI, os investidores passaram a pedir juros mais altos para comprarem dívida portuguesa uma vez que parte do pagamento ao Fundo será realizado por via da emissão de mais obrigações. Nas cinco sessões anteriores, os juros tinham descido, também pela notícia de que a Comissão Europeia recomendou a saída de Portugal do Procedimento por Défices Excessivos.
Também esta quarta-feira, o BCE alertou para o “efeito bola de neve” na dívida portuguesa. Porquê? Porque Portugal não vai conseguir crescer de forma suficientemente robusta nos próximos três para absorver os elevados custos de financiamento. Em último caso, o país pode voltar a criar um cenário insustentável que pode provocar uma nova crise.
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