Wall Street alivia de máximos históricos. Energéticas pesam

As ações norte-americanas terminaram um ciclo que já ia em sete sessões de ganhos, aliviando do recorde da sessão anterior. O dia foi marcado por dados económicos e pela queda das energéticas.

Tudo o que sobe cai. O comportamento de Wall Street na sessão bolsista desta terça-feira é ilustrativo disso mesmo. As ações norte-americanas encerraram no vermelho, a aliviarem de máximos históricos. A queda deveu-se sobretudo ao deslize dos títulos do setor energético, num dia marcado pela queda das cotações do petróleo.

O S&P 500 aliviou face aos máximos históricos traçados na de sexta-feira passada, tendo interrompido ainda um ciclo de ganhos que já ia em sete sessões consecutivas. O índice que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas dos EUA recuou 0,12%, para terminar nos 2.412,91 pontos. No mesmo sentido, encerrou também o industrial Dow Jones, que sofreu uma quebra de 0,24%, para os 21.029,47 pontos. Já o Nasdaq também aliviou face ao recorde da sessão anterior, tendo deslizado 0,11%, para os 6.203,19 pontos.

A queda dos principais índices norte-americanos aconteceu o mesmo dia em que foi conhecido que os gastos com consumo registaram a maior subida dos últimos quatro meses, em abril, e em que a inflação também recuperou. Tratam-se de sinais que apontam para uma forte procura interna que poderá permitir à Reserva Federal dos EUA subir os juros no próximo mês.

“Não existiu nada de tão significativo nos dados macroeconómicos de hoje que poderia provocar qualquer reação, pelo que estamos apenas a removendo”,afirmou Ken Polcari, responsável de mercados da O’Neil Securities, citado pela Reuters, referindo-se a propósito do rumo das ações. “E está tudo bem até que se tenha algum tipo de catalisador, negativo ou positivo, que faça com que todos corram para a porta ao mesmo tempo, tentando entrar ou sair”, acrescentou o mesmo especialista.

Grande parte da responsabilidade pelo deslize das ações norte-americanas acabou por ser do setor energético, o que mais recuou no índice S&P 500. Esta quebra aconteceu no mesmo dia em que as cotações do petróleo registaram quebras. O barril de brent transacionado em Londres estava a ser o mais pressionado: deslizava 1,09%, para os 51,72 dólares. Já o crude perdia 0,56%, para os 49,52 dólares. Desvalorizações que acontecem numa altura em que se avolumem os receios de que a redução do output da matéria-prima não será suficiente para travar o excesso de petróleo no mercado global.

Em termos de títulos individuais, destaque para a Amazon. A gigante do comércio eletrónico fez história depois de as suas ações terem superado a fasquia dos 1.000 dólares, apesar de ter acabado por encerrar abaixo desse marco, mas ainda assim com ganhos.

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