Fim do turno? Wal-Mart testa entregas no regresso a casa

A gigante Wal-Mart está a testar um programa no qual os trabalhadores podem receber bónus por fazerem entregas de encomendas no caminho de regresso a casa.

A Wal-Mart está a testar o novo programa em três localizações nos Estados Unidos.Wal-Mart/Flickr

A Wal-Mart quer que os trabalhadores aproveitem o regresso a casa para entregarem encomendas. A cadeia de supermercados está a testar um novo programa que prevê que os empregados possam fazer entregas no final dos turnos a troco de um bónus. Segundo a Bloomberg, é uma tentativa da empresa de se aproximar da rival Amazon, conhecida pela conveniência e rapidez com que distribui as encomendas.

O programa é opcional e ninguém é obrigado a fazer parte dele. Os trabalhadores que decidam integrá-lo passam a receber tarefas com base na rota entre casa e trabalho. Estes terão de fazer as entregas com os seus próprios meios, ou seja, recorrendo a viatura particular. De acordo com a agência, a empresa não dá mais detalhes sobre o método de compensação. Apenas que a ideia está já implementada em três unidades da Wal-Mart nos Estados norte-americanos de New Jersey e Arkansas.

Numa altura em que a Amazon é capaz de fazer entregas numa hora, a Wal-Mart tem planos para alavancar as 4.700 lojas que tem nos Estados Unidos e o milhão de trabalhadores que emprega no setor do retalho para ganhar terreno sobre a empresa de Jeff Bezos, especificamente no campo das compras online. Segundo a Bloomberg, 90% dos norte-americanos vive a 15 quilómetros de uma loja da marca, facto no qual assenta este novo programa de entregas.

A empresa pretende também reduzir custos com a distribuição, uma das rubricas que mais despesa gera no que toca às vendas por encomenda, explicou Marc Lore, responsável pelo segmento de comércio eletrónico da Wal-Mart: “Imagine-se todos os percursos que os nossos associados percorrem de e para o trabalho e as casas pelas quais passam pelo caminho. Este teste pode ser revolucionário.”

Recorde-se que a Wal-Mart adquiriu a Jet.com por 3,3 mil milhões de dólares no ano passado, uma startup do setor do retalho, o que mostra o quão sério a empresa está a levar a transformação digital. Só este ano, os gastos com compras online deverão aumentar 16% para os 462 mil milhões de dólares, de acordo com a consultora EMarketer. É um ritmo quatro vezes superior ao do crescimento médio do setor, sublinha a agência.

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