Gestão política da Defesa no caso Tancos gera mal-estar no Exército
Gestão política do caso do roubo de material militar dos paióis de Tancos está a causar mal-estar entre altas chefias do Exército. Caso não alterou, para já, nível de alerta de segurança no país.
O caso do roubo de material militar dos Paióis Nacionais de Tancos está a causar mal-estar entre altas patentes do Exército devido à gestão política por parte do Governo do incidente, principalmente em relação à forma como o ministro da Defesa está a gerir o processo. Entretanto, roubo não alterou nível de alerta de segurança no país.
Uma das fontes desse mal-estar com o Executivo e sobretudo com Azeredo tem a ver com a exoneração dos cinco comandantes das unidades com ligação direta aos paióis, de acordo com o Diário de Notícias (acesso livre). É que esta exoneração a ser interpretada como uma imposição da tutela ao chefe do Estado-Maior do Exército para evitar consequências políticas imediatas para o próprio ministro, algo que causou desconforto entre as chefias militares.
É neste cenário de tensão com a gestão política do caso que o Conselho Superior do Exército, o órgão máximo de consulta daquela ramo das Forças Armadas, reúne-se esta segunda-feira.
Para já, o caso não fez aumentar o nível de alerta de segurança, segundo adiantaram ao mesmo jornal diversas fontes das forças de segurança, incluindo a PSP, a Polícia Judiciária e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Depois do assalto, o Governo anunciou obras de reconstrução da vedação periférica exterior no perímetro Norte, Sul e Este dos Paióis Nacionais de Tancos no valor de 316 mil euros.
Ao jornal Público (acesso pago), a empresa de construção Corifa, que esteve a trabalhar na reparação da vedação e de dez paióis e um paiolim em Tancos, disse ter realizado obras de reparação em apenas um terço da vedação.
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