Exportações perdem gás e ritmo do PIB estabiliza
As exportações continuam a crescer, mas desaceleraram mais do que as importações, prejudicando o crescimento do PIB. Já o investimento deu um contributo positivo.
As exportações continuaram a crescer, mas menos do que as importações. E esta diferença de ritmo entre o que o país vende ao exterior, e o que compra lá fora, fez com que o contributo da procura externa líquida para o aumento do PIB tenha sido negativo, diz o Instituto Nacional de Estatística (INE). No segundo trimestre de 2017, o PIB cresceu 2,8%, o mesmo que nos primeiros três meses do ano.
“A procura externa líquida registou um contributo ligeiramente negativo para a variação homóloga do PIB,” lê-se na estimativa rápida do INE, publicada esta segunda-feira. No trimestre anterior, este contributo tinha sido positivo.
Já no que toca à procura interna, em termos homólogos os sinais são positivos: é o investimento que está a puxar pela procura e a justificar o “contributo positivo elevado, superior ao do trimestre precedente,” adianta o INE.
As dúvidas ficam sobretudo na análise em cadeia. Quando comparado com os primeiros três meses do ano, o crescimento entre abril e junho foi de apenas 0,2%, um ritmo muito abaixo dos 1% que tinham sido registados no primeiro trimestre. O INE explica que também aqui o contributo da procura externa líquida de importações foi negativo, enquanto o da procura interna foi positivo.
Mas na análise da procura interna, apesar de o investimento ter sido o principal motor (por oposição ao consumo) o contributo veio sobretudo da variação de existências, já que a formação bruta de capital fixo foi mais baixa do que o registado no arranque do ano.
Fonte: INE
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