Portugueses vão mais aos hipers para aproveitar promoções

  • Juliana Nogueira Santos
  • 29 Agosto 2017

No primeiro semestre do ano, os supermercados continuaram a ser os favoritos dos portugueses. Mas as promoções dos hipers continuam a dar luta, roubando alguma quota de mercado.

Os portugueses estão a deixar os supermercados para irem mais aos hipermercados, onde as promoções continuam a reinar. A conclusão retira-se dos dados da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, que divulgou o seu barómetro de preços relativo ao primeiro semestre de 2017.

As vendas a retalho aumentaram 3,8% nos primeiros seis meses do ano, relativamente ao mesmo período de 2016, com as vendas do setor não alimentar a terem um maior impacto. Ainda assim, dos 8.967 milhões de euros faturados pelos retalhistas neste primeiro semestre, 45,5% são provenientes de vendas com promoções — um aumento de um ponto percentual (p.p.) — relativamente ao período homólogo.

E se no primeiros seis meses de 2016, mais de 50% das vendas foram registadas em supermercados, nos primeiros seis meses deste ano, este canal de proximidade perdeu terreno — -0,6 p.p. — para os hipermercados (25,8%) e para os discounters (15,1%). Mesmo com este deslize, os supermercados continuam a ser os retalhistas favoritos dos portugueses, com uma quota de mercado de 49,8%.

A registar uma perda de terreno semelhante estão as marcas de fabricantes, que caíram 0,5 p.p, uma variação absorvida pelas marcas da distribuição — ou seja, as marcas brancas –, contudo isto não é suficiente para ganhar a preferência dos portugueses. Os consumidores continuam a comprar mais produtos da marca de fabricante, com a quota de mercado destes a localizar-se nos 66%.

No setor alimentar, a venda de bebidas foi a mais cresceu o primeiro semestre, tendo aumentado 10% relativamente ao período homólogo de 2016, seguindo-se a de congelados, que aumentou 5,4%, e a venda de perecíveis, que subiu 4,4%.

Mais eletrodomésticos

No setor não alimentar, o destaque vai para os equipamento de telecomunicações, cujas vendas aumentaram 17,1%. E se a primeira categoria que se pensa quando se fala em telecomunicações é a dos smartphones, esta não foi a que mais contribuiu para este aumento, com os auriculares e os acessórios, incluindo os wearables, a reunirem a maioria do volume de vendas.

Os dados da APED permitem também dar destaque aos eletrodomésticos cujas vendas aumentaram perto de 16%, por entre grande e pequenos equipamentos. Na primeira categoria, registou-se um aumento de 21,1% do volume de vendas dos frigoríficos e de 12,1% das máquinas de lavar louça.

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