Energia pressiona Lisboa, mas BCP trava perdas

A praça lisboeta abriu a cair, acompanhando a tendência das praças europeias. Setor energético pressionava o índice, mas subida do BCP travava ainda mais perdas.

A bolsa de Lisboa abriu em baixa, acompanhando a tendência das principais praças europeias. Os mercados voltam a retrair-se numa semana amplamente marcada pelas tensões entre a comunidade internacional e a Coreia do Norte, face aos receios de um conflito nuclear. O Stoxx 600 caía 0,45%, enquanto a maioria das praças registava perdas entre 0,20 e 0,60%.

Em Portugal, o PSI-20 recuava 0,10% para próximo dos 5.130 pontos, naquela que é já a terceira sessão consecutiva de perdas. O índice era pressionado sobretudo pelo setor energético, com a EDP a desvalorizar 0,25% para 3,25 euros e a petrolífera Galp Energia a cair 0,77% para 14,09 euros.

O preço do petróleo em Londres, referência para as importações nacionais, recuava também 0,21% para 53,27 dólares, depois de uma subida de 2% na sessão anterior.

A travar as perdas na bolsa estava o BCP. Na semana em que o banco assinala três décadas na bolsa, as ações têm estado sob especial pressão. Esta terça-feira, depois de abrirem no verde, fecharam com perdas de quase 4%. Agora, nesta sessão, os títulos do BCP corrigiam com uma subida de 0,33% para 21,58 cêntimos.

No PSI Geral, destaque negativo para as ações da Impresa, que recuavam 5,33% para 28,4 cêntimos. O grupo de media que detém a SIC continua a ser penalizado na bolsa pela decisão de alienar ou fechar grande parte das revistas do segmento de publishing, ficando apenas com a Caras e o Expresso.

É expectável que a escalada das tensões com a Coreia do Norte continue a condicionar as negociações em bolsa. Os investidores mostram-se preocupados com as sucessivas ameaças do regime de Pyongyang, que já garantiu que irá manter o programa nuclear mesmo que a comunidade internacional avance com mais sanções. Uma das medidas em cima da mesa será a do embargo ao fornecimento internacional de petróleo à Coreia do Norte.

Além do mais, segundo a Bloomberg, assinala-se este sábado o “dia da fundação” e antecipa-se que a Coreia do Norte possa lançar um novo míssil balístico intercontinental para o mar do Japão, o que poderá motivar retaliação por parte dos Estados Unidos.

A par das tensões geopolíticas, os mercados deverão conhecer esta quarta-feira um conjunto de indicadores económicos que poderão lançar alguma luz sobre o estado da economia global, de acordo com a agência. Desde logo, a Fed apresenta o seu Livro Bege, um relatório que reporta a situação económica dos EUA, a maior economia do mundo.

Os investidores aguardam ainda com expectativa as declarações do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, após a reunião que está agendada para esta quinta-feira. Aguardam-se mais sinais sobre o rumo que o banco central tenciona dar ao programa de compra de ativos até ao final do ano. O mercado antecipa uma decisão de abrandar o quantitative easing, mas que deverá chegar só em outubro.

(Notícia atualizada às 8h41 com mais informação)

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