Nuno Amado: Emissão de dívida do BCP teve “um custo muito satisfatório”
O BCP foi ao mercado para obter 300 milhões de euros em dívida. Recebeu várias ofertas que levaram à queda do cupão para 4,5%, um custo que Nuno Amado considera "muito satisfatório".
O BCP foi ao mercado para obter 300 milhões de euros em dívida. Apesar do anunciado boicote por parte de grandes fundos de investimento internacionais, o banco liderado por Nuno Amado registou uma procura muito superior à oferta que lhe permitiu reduzir o custo de financiamento para 4,5%. O banco ficou satisfeito com o resultado.
“O custo da emissão é muito satisfatório”, afirmou Nuno Amado à margem do Fórum Banca, promovido pelo Jornal Económico e PwC. “É um sinal de confiança no BCP em termos de mercado internacional”, salientou o responsável da instituição financeira que assegurou com esta operação o valor pretendido: 300 milhões, com uma taxa de 4,5%.
Se no arranque da operação as ordens recebidas colocavam a taxa entre 4,75% e 5%, esta acabou por encolher em 25 pontos base à medida que a procura se foi avolumando. Acabou por ficar nos 4,5%, de acordo com a Reuters, sendo que os termos finais serão revelados posteriormente pelo BCP ao mercado, através da CMVM.
Os títulos de dívida subordinada a dez anos, que podem ser reembolsados ao fim de um período de cinco anos por decisão do BCP, geraram um elevado interesse. De acordo com a informação avançada pelos bancos de investimento à agência Reuters, os investidores apresentaram ordens superiores de 900 milhões de euros, ou seja, três vezes mais do que o pretendido pelo BCP.
Houve um forte apetite apesar do boicote anunciado por vários fundos de investimento internacionais, tais como o Attestor Capital, BlackRock, CQS, Pimco, River Birch Capital e York Capital.
“Decidimos [não participar] que os riscos associados ao investimento ativo em títulos de dívida pública ou privada portuguesa são proibitivos, já que o Banco de Portugal ainda não deu respondeu à decisão discriminatória de retransferir as obrigações do Novo Banco para o BES em 2015″, salienta. Em causa está a transferência de cinco séries de obrigações no valor de 2,2 mil milhões de euros do Novo Banco para o BES “mau”.
(Notícia atualizada às 14h05 com mais informação)
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