CGTP: proposta do salário mínimo para 2019 vai “surpreender”

  • ECO
  • 28 Janeiro 2018

Arménio Carlos não vai apresentar já uma proposta, mas promete que vai "surpreender". Quanto à Autoeuropa, o dirigente da CGTP diz que ainda há margem para conseguir chegar a um acordo.

Em setembro, a CGTP vai apresentar a sua proposta para o aumento do salário mínimo em 2019. Em antecipação, Arménio Carlos sugere que o número vai “surpreender”. Este ano não houve consenso na concertação social neste tema, tendo o salário mínimo subido por decisão do Governo para 580 euros. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o sindicalista refere haver espaço para um acordo na Autoeuropa.

“A nossa proposta nunca será de 600 euros”, diz Arménio Carlos, quando questionado sobre o valor avançado pela UGT de 612 euros para 2019, a quem deixa uma crítica: “Só quem anda distraído ou quer desviar as atenções é que em janeiro de 2018 está a falar do aumento do salário mínimo em janeiro de 2019“.

“Para nós a CGTP está mais preocupada a responder às questões do presente”, afirma o dirigente, assinalando que está a negociar, caso a caso, com as empresas os 600 euros que reivindicava. Ao mesmo tempo, a estrutural sindical apoia a agenda dos partidos à esquerda quanto às alterações na legislação laboral. “Venham as soluções e as votações [no Parlamento]”, pediu Arménio Carlos.

Para Vieira da Silva tem uma mensagem: “Tem de ser mais ousado”. Não só nos direitos dos trabalhadores, mas também na concertação social. Arménio Carlos acusa o Governo de fazer “o papel de refém” das confederações patronais por estar preocupado com um acordo, o que “acaba por pôr em causa a evolução do processo”. “Até agora não tem havido uma vontade deliberada do Governo para resolver em tempo útil os processos”, alerta o dirigente da CGTP.

Quanto ao impasse na Autoeuropa, Arménio Carlos afirma que os trabalhadores “não estão satisfeitos”, sugerindo que a empresa tem de voltar a reunir com a comissão de trabalhadores. Mas o dirigente não exclui “nenhum tipo de luta [sindical]”, referindo-se à possibilidade de haver uma nova greve. “Ouçam, esclareçam, procurem encontrar uma solução, se o fizerem as coisas resolvem-se”, conclui.

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