Seedrs apoia “fortemente” criação de regras europeias para o crowdfunding

A portuguesa Seedrs, que gerou mais de 140 milhões de euros para empresas em 2017, vê com bons olhos a criação de legislação harmonizada na União Europeia para o fenómeno do crowdfunding.

A plataforma de crowdfunding Seedrs apoia “fortemente” a iniciativa da Comissão Europeia de criar regras harmonizadas para o financiamento colaborativo na União Europeia. Quem o disse foi o cofundador e administrador da plataforma portuguesa, Carlos Silva, durante as I Jornadas de Crowdfunding, um evento promovido esta terça-feira pela CMVM e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

“Acreditamos que a proposta é adequada e direta. Achamos que é a abordagem certa”, afirmou Carlos Silva, numa intervenção onde versou sobre o financiamento colaborativo transfronteiriço. Para o empreendedor português, é positivo criar-se um enquadramento legal ao nível europeu e, dessa forma, “a proposta atual é um passo muito significativo” num contexto de mercado único digital.

O financiamento colaborativo, crowdfunding, é uma modalidade relativamente recente de angariação de fundos, que junta pequenos donativos de um conjunto alargado de pessoas. Algumas empresas têm recorrido a esta forma de financiamento em alternativa ao capital de risco ou à dívida bancária. A Seedrs é uma das principais plataformas portuguesas que fornecem este tipo de serviçosem 2017, gerou investimentos de mais de 140 milhões de euros para empresas de 17 setores diferentes, num total de 168 campanhas.

Apoiamos fortemente a iniciativa da Comissão Europeia [de criar regras harmonizadas em na União Europeia para o financiamento colaborativo].

Carlos Silva

Cofundador e administrador da Seedrs

Portugal tem, desde este ano, regulamentação para este tipo de atividade, criada e promovida pela CMVM, o regulador dos mercados financeiros. No entanto, e como a própria CMVM lembrou esta terça-feira no mesmo fórum em Lisboa, Bruxelas lançou recentemente uma proposta de regulação para o financiamento colaborativo na Europa.

A proposta de Bruxelas visa “permitir que as plataformas de crowdfunding possam facilmente providenciar os seus serviços em toda a União Europeia”. “As plataformas vão ter de estar em conformidade com um conjunto de regras, quer enquanto operam no mercado doméstico como noutros países europeus. Para os investidores, a proposta dá segurança jurídica no que toca às regras de proteção aplicáveis.

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