Sonae Capital substitui Navigator na lista das preferidas do BPI
Sonae Capital permite exposição direta ao mercado imobiliário em ascensão em Portugal, dizem os analistas do BPI Caixabank. Navigator abandona lista das preferidas depois de ter cumprido o seu papel.
Máximos históricos no investimento imobiliário em Portugal. Iminência de venda de ativos relevantes. Retorno do dividendo atrativo. São estes os motivos que levam o BPI Caixabank a incluir a Sonae Capital SONC 0,00% na lista das preferidas para a Península Ibérica em detrimento da Navigator. Já a Sonae mantém-se.
Os analistas até cortaram ligeiramente a avaliação dos títulos da Sonae Capital dos 1,32 euros para os 1,30 euros. Mas a recomendação “Comprar” mantém-se tendo em vista um potencial de valorização de 41%. Porquê?
“Baixas taxas de juro e fortes dinâmicas no turismo deverão levar o investimento no setor imobiliário em Portugal a um novo recorde em 2018”, começam por justificar os analistas numa nota de research divulgada aos clientes esta terça-feira. “Acreditamos que a Sonae Capital está prestes a vender ativos relevantes nos próximos meses. No Troia Resort, a UNOP 3 (20 milhões de euros?) parece ser o ativo mais atraente. Excluindo Tróia, os esforços de marketing da Sonae Capital estão focados no seu ativo mais relevante, o projeto Efanor (30 milhões de euros?) nos arredores do Porto”, acrescentam ainda.
"Acreditamos que a Sonae Capital está prestes a vender ativos relevantes nos próximos meses. No Troia Resort, a UNOP 3 (20 milhões de euros?) parece ser o ativo mais atraente. Excluindo Tróia, os esforços de marketing da Sonae Capital estão focados no seu ativo mais relevante, o projeto Efanor (30 milhões de euros?) nos arredores do Porto.”
Para o BPI CaixaBank, a Sonae Capital é a única empresa cotada na bolsa que permite uma exposição direta e relevante ao mercado imobiliário em Portugal, que enfrenta um quadro muito favorável para realizar negócios significativos com a venda de mais ativos.
Sonae Capital avança em Lisboa
Por outro lado, a papeleira Navigator sai depois de ter cumprido o seu papel: valorizou 13% desde a sua inclusão na CoRe List, a 15 de fevereiro.
Mantém-se, entretanto, a Sonae, com um preço-alvo de 1,45 euros. “O bom momento dos resultados tem sido atraente, as perspetivas macroeconómicas deverão continuar a alimentar as tendências de consumo e o possível IPO do negócio do retalho poderá estabelecer avaliações de referência acima das atuais perspetivas do mercado”, argumenta o banco de investimento. “O único travão tem sido o desempenho da ação da Nos, que nos levou a cortar a avaliação”, acrescenta a equipa de research do BPI Caixabank.
Segundo avançou o ECO em primeira mão, a Sonae já escolheu os bancos para colocar a sua unidade de retalho no mercado de capitais: Barclays, BNP Paribas e Deutsche Bank foram as entidades selecionadas pela empresa liderada por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério. Negócio poderá estar avaliado em mais de dois mil milhões de euros.
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