Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 16 Abril 2018

Para esta segunda-feira, duas grandes entrevistas: Carles Puigdemont, líder da Catalunha deposto, e James Comey, ex-diretor do FBI, demitido pelo governo de Donald Trump.

Esta segunda-feira, destacamos duas entrevistas, cada uma numa canto do mundo, ambas a líderes depostos dos seus cargos em contextos políticos críticos: uma ao catalão Carles Puigdemont, ex-presidente da Generalitat da Catalunha, outra ao norte-americano James Comey, ex-diretor do FBI. No Brasil, o PT é pressionado para encontrar uma alternativa a Lula da Silva, o candidato condenado a 12 anos de prisão. Enquanto isso, mantém-se a tensão entre a Rússia e o Ocidente.

Trump é “moralmente inapto” para ser presidente, diz diretor do FBI demitido

Uma pessoa de “inteligência acima da média”, clinicamente apto para ser o Presidente dos Estados Unidos, mas “moralmente inapto” para exercer esse cargo. É desta forma que James Comey, o antigo diretor do FBI que foi demitido por Donald Trump, na sequência da polémica da intervenção russa nas eleições norte-americanas, vê o presidente do país. “Não acredito nesta história de ele ser mentalmente incompetente ou de estar em fase inicial de demência. Ele parece-me ser uma pessoa com inteligência acima da média, que segue as conversas e que sabe o que está a acontecer. Não acho que seja clinicamente inapto para ser presidente. Acho que é moralmente inapto para ser presidente”, diz o antigo diretor do FBI.

Porquê? “Uma pessoa que vê equivalência moral no caso de Charlottesville, que fala sobre e trata mulheres como se fossem pedaços de carne, que mente constantemente sobre matérias grandes e pequenas e que insiste que o povo americano acredita nele, essa pessoa não está apta para ser presidente dos Estados Unidos, no plano moral”. Veja a entrevista completa na ABC News (acesso gratuito / conteúdo em inglês).

Puigdemont rejeita novas eleições

Carles Puigdemont, o presidente deposto da Generalitat da Catalunha, concedeu, este domingo, a primeira entrevista depois de ter sido libertado da prisão alemã onde estava detido. À TV3, o catalão é claro em dizer que não quer novas eleições, mesmo que, a 22 de maio, o prazo para que seja encontrado um novo executivo catalão, não esteja ainda encontrada uma solução. “Temos de encontrar fórmulas para que não haja eleições. Se não for possível o Jordi Sànchez, devemos propor outro candidato”, disse Puigdemont. Esta segunda-feira, Oriol Junqueras, ex-vice-presidente da Generalitat, e Jordi Sànchez, o número dois do partido Junts per Catalunya e ex-presidente da Assembleia Nacional Catalã, e Jordi Cuixart, presidente da associação Òmnium Cultural, vão depor no Tribunal Supremo. Os três são acusados de rebelião e de fraude. Puigdemont acredita, ainda assim, que há tempo para “encontrar soluções que respeitem o mandato” e que “evitem ir a eleições”. Veja a entrevista completa na TV3 (acesso gratuito / conteúdo em catalão).

Putin prevê “caos” se Ocidente voltar a atacar Síria

Vladimir Putin alerta que a execução de novos ataques à Síria por parte de países europeus poderá provocar “o caos” nas relações internacionais. Estes ataques, disse o presidente russo, “são uma violação da Carta das Nações Unidas” e prejudicaram “seriamente as perspetivas de um acordo político na Síria”. As declarações surgem depois de, na madrugada deste sábado, Estados Unidos, França e Reino Unido terem lançado uma ofensiva com mísseis contra instalações de armas químicas na Síria. Leia a notícia completa na Reuters (acesso gratuito / conteúdo em inglês).

Sem Lula, PT perde apoio dos eleitores

Lula da Silva mantém-se à frente nas intenções de voto dos brasileiros, mas a sentença de 12 anos e um mês de prisão está a afastar parte do eleitorado. Uma sondagem do Datafolha indica que dois terços dos apoiantes de Lula não têm dúvidas de que votariam num candidato indicado pelo ex-presidente, se Lula ficar de fora da corrida presidencial. Mas há um terço destes eleitores que diz que, sem Lula, não têm candidato. Preferem votar em branco ou votar nulo, em vez de escolher outro nome. Assumindo que Lula concorre nas eleições, esta última sondagem dá 31% das intenções de voto ao líder do PT, no cenário mais favorável. No final de janeiro, tinha 37% das intenções de voto. Já o deputado de extrema direita Jair Bolsonaro obtém 17% e Marina Silva, da esquerda, oscila entre 15% e 16%. Leia a notícia completa na Folha de São Paulo (acesso gratuito).

Imobiliário britânico arrefece para níveis de 2013

O imobiliário no Reino Unido continua a dar sinais de arrefecimento. O último relatório do Royal Institute of Chartered Surveyors mostra que os dados mais recentes de procura por parte de compradores e de novos imóveis colocados à venda estão nos níveis mais baixos desde 2013. A afetar o setor estão, entre outros fatores, os receios em torno do Brexit. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso gratuito / conteúdo em inglês).

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