Rio critica incapacidade do Governo em preparar época de fogos
O presidente dos social-democratas afirmou que, caso tenhamos um verão "mais tranquilo", não vai derivar assim tanto do "planeamento e do trabalho que o Governo conseguiu nesta matéria".
Rui Rio disse que as últimas notícias sobre a preparação para a época de incêndios “não tranquilizam de modo nenhum”, explicando que a falta de meios aéreos e as “sucessivas demissões do comandante nacional da Proteção Civil” são alguns dos pontos menos animadores nesse aspeto. O presidente do PSD acrescentou ainda que, se Portugal tiver um verão “mais tranquilo”, “vai derivar muito da sorte e do clima e menos de planeamento e do trabalho que o Governo conseguiu nesta matéria”.
“As trapalhadas que temos vindo a ouvir nos diversos setores ligadas à preparação da época de incêndios não nos tranquilizam de modo nenhum“, começou por dizer o líder social-democrata esta quarta-feira aos jornalistas, após reunir-se com a UGT, em declarações transmitidas pela Sic Notícias. “A questão dos meios aéreos — que, neste momento, ainda são menos do que aqueles que eram o ano passado e há uns anos –, a questão da falta de equipamento que hoje vem noticiada e as sucessivas substituições e demissões do comandante nacional da Proteção Civil”, foram alguns dos aspetos apontados por Rui Rio para reiterar esta falta de “tranquilidade”, como referiu.
Após referir que prefere “fazer a avaliação do Governo como um todo”, sem querer responsabilizar determinado ministro ou secretário de Estado, o presidente do PSD frisou: “Neste caso concreto que é mais transversal, embora a principal tutela seja a do ministro Eduardo Cabrita, aquilo que é a minha apreciação é que o Governo, como um todo, não tem tido a capacidade que se impunha para que nós possamos encarar o verão com outra tranquilidade“.
O Governo, como um todo, não tem tido a capacidade que se impunha para que nós possamos encarar o verão com outra tranquilidade.
“Penso que, neste momento, ninguém está tranquilo relativamente àquilo que pode acontecer“, disse. “Provavelmente teremos, infelizmente, — não este ano mas daqui para o futuro –, os verões muito mais quentes do que aquilo que temos vindo a conhecer ao longo dos anos“.
Rui Rio defendeu ainda que “a Justiça tem de sofrer uma reforma muito grande“, que vai desde “pequenos pormenores de processo e de gestão, até uma eventual revisão constitucional”. “Na minha forma de ver, a revisão constitucional é o último passo. Mas acho que, se fizermos uma reforma grande e profunda — que não é para fazer em 30 nem em 60 dias –, é para programar e, depois, seguindo esse programa, ir fazendo em diálogo entre os partidos“, concluiu.
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