Zuckerberg pede desculpa no Parlamento Europeu: “Não fizemos o suficiente” para evitar a fuga de dados
Zuckerberg esteve, pela primeira vez, em Bruxelas para explicar o que pretende fazer para "defender os cidadãos europeus" antes das próximas eleições europeias.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, esteve esta terça-feira no Parlamento Europeu a prestar esclarecimentos sobre a forma como a rede social trata os dados de milhões de utilizadores, depois do escândalo Cambridge Analytica.
Durante a audição, Zuckerberg admitiu que a empresa “não fez o suficiente” para evitar a fuga de dados, voltando a pedir “desculpa” pelo erro cometido. O CEO da rede social acrescentou, ainda, que a regulação é “importante e inevitável”.
Inicialmente a sessão era para decorrer à porta fechada, mas como a notícia não caiu bem junto dos membros do Parlamento, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, acabou por emitir, mais tarde, um comunicado a anunciar que a audição iria ser transmitida na internet.
De acordo com Antonio Tajani, este encontro com os eurodeputados teve como objetivo perceber o que Mark Zuckerberg pretende fazer para “defender os cidadãos europeus”, antes das próximas eleições europeias.
Esta foi a primeira vez que o fundador do Facebook pisou solo europeu para responder às perguntas dos eurodeputados, depois de já ter enfrentado o Congresso dos Estados Unidos, em duas audições distintas: primeiro ao Senado e depois à Câmara dos Representantes.
A comissão parlamentar de Assuntos Digitais, Cultura, Media e Desporto também já pediu a Zuckerberg que se reunisse com o Parlamento britânico, mas o fundador do Facebook recusa-se a fazê-lo.
As audições ao fundador da rede social surgem depois de ter sido revelado que a consultora norte-americana, a Cambridge Analytica, acedeu de forma indevida a dados pessoais de 87 milhões de utilizadores do Facebook.
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