CMVM regista Raize como primeira entidade gestora de plataformas de crowdfunding
Startup portuguesa obteve luz verde do regulador para operar no negócio do financiamento colaborativo.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) registou a primeira entidade gestora de plataformas de crowdfunding em Portugal. É a Raize, uma startup portuguesa que agrega já mais de 14.000 investidores.
“A Raize foi registada junto da CMVM para exercício da atividade de intermediação de financiamento colaborativo por empréstimo, um modelo de negócio que implica que as entidades financiadas remunerem o financiamento obtido através de juros fixados no momento da angariação do capital. As condições específicas de devolução do capital e de pagamento dos juros resultam de contrato mútuo firmado entre as partes”, adiantou o regulador.
De acordo com o comunicado, o registo da primeira entidade gestora de plataformas de crowdfunding vai ao encontro “do objetivo da CMVM de contribuir para o desenvolvimento do mercado de capitais nacional, nomeadamente pela inovação financeira”.
A atividade da Raize passa assim a estar acrescida “de proteção, dado o maior escrutínio e transparência a que estão sujeitas ao passarem a estar sob a alçada de regulação, supervisão e fiscalização do regulador”.
O registo da primeira entidade gestora de plataformas de crowdfunding em Portugal é um marco no acompanhamento da CMVM às FinTech e vai ao encontro do objetivo da CMVM de contribuir para o desenvolvimento do mercado de capitais nacional, nomeadamente pela inovação financeira, assegurando ao mesmo tempo a defesa da estabilidade do sistema financeiro e da proteção dos investidores.
Fundada em 2015, a Raize iniciou contactos com a Euronext Lisbon para realizar uma oferta pública de um valor que não ficará abaixo dos cinco milhões de euros. Com um crescimento de 150% em 2017 face ao ano anterior, a plataforma criada pela startup agrega mais de 14.000 investidores que foram responsáveis por mais de 500 operações no mercado. A entrada em bolsa deverá acontecer ainda em 2018.
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