Ministro das Infraestruturas lamenta “greve repetida” na CP mas Governo não vai ceder
O ministro das infraestruturas diz que nas reivindicações dos trabalhadores da CP está em causa uma alteração de um regulamento que o Governo não alterou e não está a pensar alterar. Logo, não cede.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, lamentou esta segunda-feira “os impactos” de uma “greve repetida” na CP (Comboios de Portugal) mas apontou que o Governo não vai ceder às reivindicações dos trabalhadores.
“A greve é um direito completamente legítimo dos trabalhadores, contudo o que está aqui em causa é a alteração de um regulamento que o Governo não alterou e não está a pensar alterar“, disse Pedro Marques.
O governante, que falava à margem de uma visita às obras de requalificação da estação General Torres, concelho de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, apontou que o “regulamento português é semelhante em toda a Europa, excetuando um país de leste”, estando em curso “há décadas”.
Em causa está um protesto dos ferroviários que criticam a circulação de comboios com um só agente.
A CP já alertou que a greve marcada para esta terça e quarta-feira vai afetar a circulação de comboios e suprimir algumas ligações.
Pedro Marques disse que acatar as reivindicações poderia significar “o pagamento de milhões e milhões de euros de indemnizações às concessionárias que têm a concessão de alguns troços de rede” e disse que a CP, “apesar das regras regulamentares funciona com dois agentes”.
“Este tipo de greve repetida penaliza muito as populações. Apenas posso lamentar os impactos da greve nas populações, mas é um direito legítimo dos sindicatos fazerem greve”, concluiu o ministro que rumou de seguida a Espinho, distrito de Aveiro, onde esta manhã faz o lançamento da empreitada de modernização do troço Espinho/Gaia, investimento integrado na obra de requalificação da Linha do Norte.
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