Retaliações de Trump fazem cair Europa. Lisboa não escapa
Trump ameaçou as exportações de veículos europeus. As fabricantes caem, arrastando as bolsas. Em Lisboa, as papeleiras pressionam num dia de ganhos na energia.
Está a ser uma segunda-feira penosa nas bolsas europeias. Após o aviso de retaliação de Donald Trump, desta vez apontado para os veículos fabricados em território europeu, os mercados reagiram negativamente. Lisboa não é exceção.
Na sexta-feira, o presidente norte-americano escreveu na sua conta oficial de Twitter que, “tendo em conta as taxas e barreiras comerciais aplicadas pela UE aos EUA e às suas grandes empresas e funcionários, caso estas não sejam quebradas e retiradas, nós avançaremos com uma taxa de 20% em todos os carros a dar entrada nos EUA. Construam-nos aqui!”.
Assim, na Europa, o Stoxx 600 cai 0,5%, enquanto o alemão DAX desvaloriza 0,6% e o francês CAC-40 recua 0,7%, pressionados pelas fabricantes de automóveis. O espanhol IBEX-35 cede igualmente 0,7%.
O PSI-20 perde 0,41% para 5.554,16 pontos, seguindo então o caminho da Europa. A pressionar o índice português estão as papeleiras, que seguem a corrigir de máximos, e o BCP. As energéticas, ainda assim, travam perdas maiores.
A liderar as perdas está o banco liderado por Miguel Maya, que cai 1,38% para 26,52 cêntimos, seguindo-se a Altri, que perde 1,05% para 8,52 euros, e a Navigator, que desvaloriza 0,67% para 5,15 euros.
O setor do retalho também está em terreno negativo, com a Sonae e a Jerónimo Martins a recuarem 0,36% para 1,10 euros e 0,19% para 13,15% respetivamente.
A travar perdas maiores está a EDP Renováveis, que avança 1,26% para 8,43 euros. A empresa de energias renováveis nacional afasta-se cada vez mais da contrapartida de 7,33 euros oferecida na oferta pública de aquisição lançada pela China Three Gorges.
(Notícia atualizada às 8h26 com mais informação)
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