Incêndios em Monchique e Mirandela marcam dia de calor

  • Lusa
  • 3 Agosto 2018

Devido ao fogo em Monchique, foi necessário retirar os habitantes do sítio das Taipas, enquanto em Mirandela 122 combatem as chamas. O alerta especial vermelho já chega a 13 distritos.

Fogos em Monchique e Mirandela marcam a sexta-feira que se segue a uma quinta foi o segundo dia mais quente desde o ano 2000 em Portugal, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A Proteção Civil decidiu alargar o estado de alerta especial vermelho, o mais grave, para 11 distritos adicionais, além dos de Faro e Beja que já assim se encontravam desde ontem.

Passam a ser também abrangidos por este nível de alerta do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, os distritos de Lisboa, Setúbal, Évora, Santarém, Portalegre, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Viseu, Guarda e Bragança, informa a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) num aviso à população.

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Os termómetros em Portugal continental atingiram ontem, quinta-feira, o segundo valor mais alto de sempre desde 2000, quando começaram os registos diários, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A temperatura média foi 30,2 graus e para encontrar um valor mais alto é preciso recuar a 02 de agosto de 2003, quando a temperatura média foi 31,9 graus, de acordo com um comunicado hoje divulgado pelo IPMA. O valor da média das temperaturas máximas atingiu 40,1 graus centígrados, “muito superior ao valor normal”, que é 28,8 graus, enquanto o valor médio das mínimas chegou aos 20,2 graus, acima dos 15,5 considerados normais.

Desde quinta-feira, só quatro incêndios rurais aumentaram de dimensão ao ponto de precisarem de ataque ampliado. Um incêndio que deflagrou hoje na freguesia de Caravelas, concelho de Mirandela, foi combatido por 122 bombeiros, apoiados por 41 viaturas e quatro meios aéreos, revela a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil, já se encontrando dominado. “O combate às chamas está a decorrer favoravelmente e o incêndio está a ceder aos meios que se encontram no terreno “, disse à Lusa o comandante operacional distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Bragança (CODIS), Noel Afonso.

De acordo com a mesma fonte, o alerta foi recebido pelas autoridades às 13:51, a dar conta de um incêndio, na freguesia de Caravelas, concelho de Mirandela, no distrito de Bragança, que às 17:00 se encontrava com uma frente ativa e a consumir uma área de mato.

Em Monchique, mais de 400 operacionais combatem as chamas que lavram desde as 13:32 zona de Perna da Negra, no distrito de Faro, e que já obrigaram à evacuação de uma aldeia, segundo dados da Proteção Civil. De acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pelas 17:00 estavam no terreno 415 operacionais, apoiados por 122 meios terrestres e nove meios aéreos.

Os bombeiros estão a lutar contra duas frentes ativas, uma delas mais intensa e com o combate mais dificultado, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro. Segundo a mesma fonte, a principal dificuldade dos bombeiros é o vento que se faz sentir na zona.

Este incêndio começou de forma explosiva, neste momento tem duas frentes ativas, numa delas o combate está a decorrer favoravelmente, mas na outra ainda está muito desfavorável”, afirmou a fonte, ao fazer um ponto de situação cerca das 16:30.

O incêndio que lavra em Monchique desde o início da tarde obrigou à retirada de habitantes do sítio das Taipas, a sul da Perna da Negra, local onde deflagrou o fogo, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.

De acordo com fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, que não conseguiu precisar o número de pessoas retiradas, a população foi “deslocada de forma preventiva para ficar em segurança”.

Uma zona rural do concelho de Monchique já tinha sido atingida por um incêndio, na quinta-feira à tarde, dominado cerca de duas horas depois após um combate travado por 113 homens e seis meios aéreos.

Este ano, o dispositivo de combate a fogos florestais engloba 56 meios aéreos (incluindo um na Madeira), cerca de 11 mil operacionais e mais de três mil meios terrestres (nomeadamente viaturas).

(Notícia atualizada às 18:40 com mais informação.)

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