CP paga táxis para levar passageiros
É nas linhas do Algarve, Alentejo e Oeste que a empresa tem pública tem recorrido a esta solução para ultrapassar a falta de comboios.
A CP está a pagar táxis e autocarros para assegurar as ligações aos comboios Alfa Pendular e Intercidades, avança esta sexta-feira o Correio da Manhã (acesso pago), citando a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI). É nas linhas do Algarve, Alentejo e Oeste que a empresa pública tem recorrido a esta solução para ultrapassar a falta de comboios que se verificam nas últimas semanas com maior intensidade.
“Situações como estas ainda estão a acontecer”, afirma o vice-presidente do SFRCI, Carlos Rodrigues. Declarações corroboradas por José Manuel Oliveira, coordenador da FECTRANS, que exemplifica o caso dos passageiros transportados, esta semana, de táxi desde a Estação de Casa Branca até Beja, no Alentejo, tendo sido a CP a assegurar o custo deste transporte alternativo.
No Algarve, a avaria de comboios regionais levou a CP a transportar os passageiros de autocarro das respetivas estações até Tunes, onde apanham depois o Alfa Pendular. O Público, na edição de quinta-feira, já dava conta de relatos de passageiros que esperaram na estação de Alvito por um comboio que não chegou e que vieram a saber mais tarde que o autocarro fretado pela CP parara no centro da vila, a dois quilómetros da estação sem que estes soubessem desse transporte alternativo.
Na linha do Oeste o recurso aos táxis para assegurar as ligações também é “frequente”, segundo José Manuel Oliveira.
Estas situações surgem num momento em que a CP se vê confrontada com uma falta de comboios, seja por falta de investimento na compra de novo material circulante, mas também por avarias frequentes, que levaram o Executivo a desbloquear a contração de 102 profissionais para a EMEF, e que forçaram a empresa a lançar novos horários.
E num momento em que está em preparação o caderno de encargos para a compra de novos comboios, a Federação gostaria que a EMEF pudesse assumir parte dessa produção de material circulante. Além disso, José Manuel Oliveira considera que ainda são necessários 200 trabalhadores para a empresa responsável pela manutenção, porque das novas entradas anunciadas pelo Executivo, apenas 40 são efetivas já que “62 já estão na empresa, com vínculos precários”.
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