BCP, Galp e Navigator dão arranque positivo a Lisboa. PSI-20 avança após quatro sessões em queda

Após quatro sessões a fechar no vermelho, a bolsa nacional apresenta-se no arranque da sessão desta quinta-feira com ganhos ligeiros. São 12 as cotadas no verde, com destaque para os dois pesos pesados nacionais BCP e Galp e para a papeleira Navigator, cujas ações estiveram pressionadas nos últimos dias por causa do conflito comercial nos EUA.

O PSI-20, o principal índice português, avança 0,4% para 5.438,89 pontos nos primeiros minutos de negociação em Lisboa. Se assim continuar até final da sessão, a bolsa põe fim a um ciclo de quatro dias a perder valor.

Ajudam neste registo positivo os bons desempenhos do BCP e da Galp, com as ações destas duas grandes cotadas a avançarem mais de 1%.

Também a Navigator está a somar 1,12% para 4,344 euros, encontrando-se em recuperação após quatro sessões em perda. Só esta semana já acumula uma desvalorização superior a 10%, na sequência do caso das taxas antidumping sobre as vendas de papel nos EUA e que vão custar 45 milhões de euros aos lucros da papeleira liderada por Diogo da Silveira.

Do lado negativo estão as ações da Corticeira Amorim, EDP Renováveis, Ibersol e Nos, com quedas ligeiras até 0,5%, travando os ganhos em Lisboa.

Lisboa avança após quatro sessões

Lá por fora, após algumas sessões de turbulência por causa das tensões na Turquia, esta quinta-feira também é de ganhos. O Stoxx 600, o índice de referência europeu, avança 0,16%. Também as praças de Paris e Frankfurt estavam em alta de 0,17% e 0,15%, respetivamente, enquanto o milanês FTSE-Mib cedia 0,37%.

“A fomentar o sentimento mais positivo dos investidores está a notícia de que a China aceitou o convite dos EUA para visitar o país em finais deste mês para negociar questões comerciais bilaterais”, dizem os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

“Entretanto, os investidores continuam centrados na questão da Turquia e das suas potenciais implicações e contágio a outras economias, numa altura em que o conflito comercial e diplomático entre o país e os EUA, bem como algumas das suas políticas económicas conduziram a uma forte depreciação da lira”, acrescentam.

(Notícia atualizada às 08h27)