Divisão da direita e método de Hondt podem dar vantagem ao PS nas próximas eleições

  • ECO
  • 27 Agosto 2018

Com a entrada do novo partido de Santana Lopes, a Aliança, o PS poderá ficar mais perto da maioria absoluta nas próximas eleições europeias de maio de 2019.

Com o novo partido de Santana Lopes, a divisão da direita e o método de Hondt, a vantagem pode estar sobre o Partido Socialista (PS), que mais facilmente poderá conseguir a maioria absoluta nas próximas eleições europeias.

Em Portugal, os eleitores vão a votos no dia 26 de maio de 2019 e o boletim, desta vez, poderá apresentar cinco novos partidos: Aliança, Democracia 21, Volt, Iniciativa Liberal e Partido Libertário. Entre as novidades, há uma que tem suscitado mais preocupações no que toca à “fragmentação” da direita, a Aliança, o novo partido liberal, conservador e personalista de Pedro Santana Lopes, avança esta manhã o Público (acesso condicionado).

Logo no momento em que foi anunciada a criação deste partido que o Presidente da República disse que tal significa a divisão da direita, podendo potenciar a maioria absoluta do Partido Socialista (PS), sozinho ou com apenas um outro partido. Para Marcelo Rebelo de Sousa, pode até, mais tarde, vir mesmo a reduzir as hipóteses de se formar um Governo de direita no país.

À “vantagem” do PS acresce o método de Hondt, a fórmula de distribuição de votos em mandatos que favorece o partido (ou coligação) mais votada e favorece tanto mais quanto maior for a distância entre os dois primeiros partidos. “Num cenário em que o PS ganha, quanto maior for a diferença percentual em relação ao segundo, mais mandatos ganhará, reforçando a sua maioria”, explica Carlos Jalali, autor do ensaio “Partidos e Sistemas Partidários”, ao Público.

Se o PS descer para os 25% e o PS ficar perto dos 40%, aumenta a sobrerrepresentação do segundo e a direita sofre um derrota maior, que não é compensada pela soma dos eleitos pelo PSD e pela Aliança. Se o PSD perder 3% ou 4% para a Aliança, não vai aumentar o número de deputados da direita e vai aumentar a distância entre PS e PSD, beneficiando, assim, o Partido Socialista.

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