Rui Rio entra em jogo de futebol a dizer para não se chamar “rentrée” a Pontal

  • Lusa
  • 1 Setembro 2018

"Se isto fosse uma 'rentrée', eu teria feito uma 'sortie' em agosto", gracejou o presidente do PSD, acrescentando que as "rentrées" se adequam mais às revistas da vida social.

O presidente do Partido Social Democrata (PSD) Rui Rio (C) no início das atividades desportivas da Festa do Pontal, designadamente um torneio de futebol de 7, com a participação de autarcas, deputados, dirigentes nacionais e locais e membros do CEN, em faro, 1 de setembro de 2018.LUÍS FORRA/LUSA

O líder do PSD, Rui Rio, entrou este sábado de manhã bem-disposto em campo para disputar uma partida de futebol no Algarve e, antes do apito inicial, aproveitou para insistir em não rotular o Pontal como “rentrée” do PSD.

Se isto fosse uma ‘rentrée’, eu teria feito uma ‘sortie’ em agosto”, gracejou o presidente do PSD, em declarações aos jornalistas, acrescentando que as “rentrées” se adequam mais às revistas da vida social e não a um “convívio” como o que está previsto para hoje.

Envergando a camisola com o número 7 – o mesmo usado por Cristiano Ronaldo -, Rui Rio tomou a posição de médio-ofensivo na equipa que reuniu os membros da direção nacional, num torneio de futebol de 7 composto por mais três equipas.

Sublinhando não se tratar de uma operação de “team building”, que é o que se usa nas empresas para promover o espírito de equipa, o líder dos sociais-democratas insistiu que esta edição do Pontal é apenas para promover o convívio.

“O Pontal nasceu desta forma genuína, há quem traga camionetas e até comboios [com pessoas], mas eu acho que não deve ser assim”, sublinhou, lembrando o ano em que PS e PSD protagonizaram uma renhida disputa, em Faro, com os discursos de “rentrée” a decorrerem em simultâneo.

“Em 1995 tinha havido aquele espetáculo degradante do PSD contra o PS, a ver quem tinha trazido mais militantes, e eu estou um pouco a repetir aquilo que depois se fez em 1996”, quando o Pontal começou de manhã, exatamente com um jogo de futebol.

Em 1995, o PS, na altura liderado por António Guterres, montou um palco na Pontinha, na baixa da cidade de Faro, a escassos metros do local onde estava montado o palco da Festa do Pontal, então dirigido por Fernando Nogueira.

A cerca de um ano das legislativas de 2019, Rui Rio disse ainda pretender “adiar o máximo possível” o espírito eleitoral, por considerar que isso “não é bom” para o país, mas admitiu que pode vir ser “arrastado” pelos seus opositores. O PSD realiza hoje a Festa do Pontal em novo formato, com um jogo de futebol entre dirigentes nacionais, locais e autarcas, e intervenções políticas breves, prevendo-se um discurso de Rio “adequado a uma festa-convívio com os militantes”.

A Festa do Pontal do PSD muda-se do tradicional calçadão da Quarteira, onde se realizou nos últimos anos, para a freguesia de Querença, no interior do concelho de Loulé.

As intervenções políticas estão marcadas para as 16h30 na Fonte Filipe, estando previstos discursos do presidente da concelhia de Loulé, Rui Cristina, do presidente da JSD/Algarve, Carlos Martins, do deputado algarvio Cristóvão Norte, do presidente da distrital de Faro, David Santos, e no fim, de Rui Rio.

Foi com o anterior líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que a Festa do Pontal retomou a tradição de contar com a presença do presidente do partido, depois de a sua antecessora Manuela Ferreira Leite não ter estado nas duas edições que se realizaram no seu mandato.

Esta festa começou com a presença do fundador do partido Francisco Sá Carneiro, em 29 de agosto de 1976, num pinhal na zona do Pontal, próxima do aeroporto de Faro e que deu nome ao encontro.

Ao longo dos anos já se realizou em diversos locais no Algarve, e contou com líderes como Francisco Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Filipe Menezes e Marques Mendes.

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