Desemprego sobe em agosto, mas vai tocar mínimo de 6,6% em setembro

A taxa de desemprego deverá tombar para 6,6%, em setembro, revelam dados provisórios do INE. Se este valor se confirmar, será a taxa mais baixa desde setembro de 2002.

A taxa de desemprego terá caído para 6,6%, em setembro, segundo dados provisórios revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta evolução, que colocará a taxa no nível mais baixo desde setembro de 2002, acontece depois de no mês anterior o desemprego ter sido revisto em alta de 6,8% para 6,9%.

“Em setembro de 2018, a estimativa provisória da taxa de desemprego foi de 6,6%, tendo diminuído 0,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior, 0,2 pontos percentuais em relação a junho de 2018 e 1,9 pontos percentuais em comparação com setembro de 2017”, diz o gabinete público de estatísticas.

É preciso recuar a fevereiro de 2016 para se verificar um aumento mensal como aconteceu em agosto

Fonte: INE

Só no próximo mês o INE voltará a publicar as estimativas provisórias do desemprego, onde o registo de setembro passa de provisório a definitivo e lança um novo valor provisório para o mês de outubro.

Mas já é possível saber que a taxa de desemprego, em agosto, ficou acima do previsto inicialmente. O INE previa 6,8%, mas fechou os dados para aquele mês nos 6,9%. Segundo o INE, “é a primeira vez, desde fevereiro de 2016, que se observa um aumento mensal de desemprego“.

Relativamente a setembro, se os 6,6% forem confirmados, a taxa de desemprego assinalará assim um novo mínimo de 16 anos. Será necessário recuar até setembro de 2002 para assistir a um valor mais baixo, com a taxa de desemprego a fixar-se naquela ocasião em 6,5%.

Os números do desemprego são conhecidos são pouco depois de o Governo ter revisto em baixa a sua projeção para o desemprego neste ano. Na proposta de Orçamento do Estado, é antecipado que o desemprego se situe em 2018 nos 6,9%. A anterior previsão (abril deste ano) apontava para 7,6%.

Tal como destaca o INE, a melhoria do mercado de trabalho é bem visível quando comparada com o que aconteceu um ano antes. Em setembro de 2017, a taxa de desemprego estava em 8,5%.

Em setembro de 2018, “a população desempregada — cuja estimativa provisória foi de 340,4 mil pessoas — diminuiu 5,1% (18,2 mil) em relação ao mês anterior (agosto de 2018), 3,4% (11,8 mil) em relação a três meses antes (junho de 2018) e 22,7% (100,1 mil) em comparação com o mês homólogo“.

Relativamente à estimativa provisória da população empregada, o INE dá conta que em setembro, ascendeu a 4.814,3 mil pessoas, tendo aumentado 0,2% (7,4 mil) em relação ao mês anterior (agosto de 2018), 0,1% (2,4 mil) em relação a três meses antes (junho de 2018) e 2,0% (96,3 mil) em comparação com o mesmo mês de 2017″.

Desagregado por faixas etárias, é percetível uma queda maior na taxa de desemprego dos jovens. “As taxas de desemprego dos jovens e dos adultos foram estimadas em 19,6% e 5,6%, respetivamente. Ambas diminuíram em relação ao mês precedente (0,7 pontos percentuais e 0,3 pontos percentuais, respetivamente)”, adianta o INE.

(Notícia atualizada às 11h29 com mais informação)

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