AIE vê oferta de petróleo a cair mais rápido do que o esperado em 2019

A extensão do corte de produção da OPEP e de outros países produtores, onde se inclui o Canadá, acompanhado pela manutenção do ritmo de crescimento da procura suportam a posição da AIE.

O mercado petrolífero poderá ficar em défice mais rápido do que o esperado. O alerta é da Agência Internacional de Energia (AIE) e surge no último relatório mensal divulgado nesta quinta-feira. Na base está o recente acordo de corte de produção estabelecido entre a OPEP e outros países produtores e a decisão do Canadá de reduzir a sua oferta.

Na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) acordou com a Rússia, Omã e outros países produtores cortar a produção de petróleo em 1,2 milhões de barris por dia a partir de janeiro, com vista a travar a acumulação de stocks de petróleo não utilizados.

Já a decisão da província de Alberta no Canadá de obrigar os produtores de petróleo a reduzir a sua oferta trará a maior redução à produção da matéria-prima no próximo ano, acredita a AIE. O objetivo é que a produção daquela região venha a cair em 325 mil barris diários a partir de janeiro.

É com base nessa convicção e nas suas previsões para a evolução da procura de “ouro negro” que a agência antecipa que o mercado petrolífero entre em défice mais cedo.

É que do ponto de vista da procura, a agência antecipa um crescimento na ordem dos 1,4 milhões de barris diários no próximo ano, mantendo assim a sua anterior estimativa. Já para este ano optou por rever em alta a sua previsão de crescimento, para 1,3 milhões de barris por dia.

“Para 2019, nosso outlook de crescimento da procura mantém-se em 1,4 milhões de barris/dia, mesmo tendo em conta que os preços do petróleo caíram consideravelmente desde o pico do início de outubro”, afirma a AIE. Justifica ainda que “algum do suporte resultante dos preços mais baixos será compensado pelo crescimento económico global mais fraco, e em particular de algumas economias emergentes”.

As cotações do petróleo parecem passar ao lado do alerta deixado pela AIE. Recuam 0,37% nos dois lados do Atlântico, com brent negociado no mercado londrino a cotar nos 59,93 dólares e o crude norte-americano a negociar nos 50,96 dólares por barril.

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