Bloco de extrema-esquerda? “Isso é um insulto”, diz Catarina Martins

  • ECO
  • 15 Janeiro 2019

Catarina Martins prefere definições como esquerda radical, que "tem a ver com a raiz da esquerda e das lutas". A líder bloquista diz que não se encontram totalitarismos, perseguição, e ódio no BE.

Chamar ao Bloco um partido de extrema-esquerda é “um insulto”, diz Catarina Martins. Para a líder bloquista, esta caracterização “não tem nenhuma razão de ser”, e definições como esquerda radical têm mais lógica, já que “tem a ver com a raiz” das lutas.

“Extrema-esquerda está associado a totalitarismos, a perseguição, a ódio – não encontram absolutamente nada disso no BE com certeza”, garante Catarina Martins, em entrevista ao Observador (acesso condicionado).

A bloquista aponta ainda que “o Governo já esteve mais distante da esquerda do que está”. Já quando questionada sobre defeitos a apontar a António Costa, a líder do BE refere que o primeiro-ministro “tem uma esperança de que os problemas se resolvam mais depressa quando eles precisavam de um pouco mais de olhar”.

No que toca ao PCP, Catarina Martins ressalva que têm “diferenças grandes”, mas não esquece o papel do partido na aprovação de propostas importantes. “O PCP é uma parte integrante deste processo e não tenho dúvida nenhuma de que é essencial“, aponta Catarina Martins.

Entre os dossiês em aberto onde existe possibilidade de entendimento com o Governo está a Lei de Bases da Saúde. A líder do BE diz que as PPP “não trouxeram nada para o SNS” e “dão mais capacidade aos privados de levar recursos próprios do SNS para o setor privado”. Defende também que é necessário acabar com o financiamento público ao setor privado da saúde.

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