Crédito ao consumo travou antes do Natal. Ainda assim chegou aos 629 milhões

Os bancos e as financeiras disponibilizaram 629 milhões de euros em crédito ao consumo, em novembro, uma quebra face ao mês anterior e em termos homólogos.

A contagem decrescente para o Natal ditou uma travagem no crédito ao consumo. Em novembro, os bancos e as financeiras disponibilizaram 629 milhões de euros em empréstimos para consumo, abaixo do registado no mês anterior e aquém do período homólogo revelou o Banco de Portugal nesta terça-feira.

De acordo com a entidade com a entidade liderada por Carlos Costa, foram disponibilizados 628,9 milhões de euros em crédito ao consumo naquele mês. São menos cerca de dez milhões de euros (-1,6%) face à concessão de crédito registada em outubro e menos 31 milhões (-4,7%) quando comparado com o mesmo mês do ano anterior.

A quebra na concessão de empréstimos para consumo aconteceu apesar de novembro ser um mês típico de compras para a quadra natalícia. O automóvel e e os outros créditos pessoais foram as finalidades que mais contribuíram para a redução dos níveis de concessão de empréstimos.

Crédito ao consumo trava em novembro

Fonte: Banco de Portugal

Os portugueses foram buscar aos bancos e às financeiras 251 milhões de euros em crédito para a compra de carro. Este montante fica 11,4 milhões de euros (-4,4%) aquém dos empréstimos com esse fim disponibilizados em outubro. Face a novembro do ano anterior a diminuição foi de 16,1 milhões de euros (-6%).

De salientar que os últimos meses de 2018 foram marcados por uma desaceleração também das vendas de carros. Estas abrandaram pelo terceiro mês seguido, em novembro, relativamente ao mesmo período de 2017.

Na categoria de outros créditos pessoais — financiamento sem fins específicos e onde estão incluídos os empréstimos para férias ou compra de equipamentos para o lar — a concessão ascendeu em novembro a 261,1 milhões de euros, menos 6,4 milhões de euros (-2,4%) face a outubro, e 24,3 milhões (-8,5%) aquém dos empréstimos com o mesmo fim disponibilizados um ano antes.

Já o crédito pessoal para educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos registou uma quebra mensal de 1,4 milhões de euros (-13,7%), para 9,1 milhões de euros. Em termos homólogos, a tendência foi de crescimento, com mais 2,3 milhões de euros (34%) disponibilizados.

A categoria de cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades de descoberto, foi a única a registar um aumento da concessão tanto em termos mensais como homólogos. Em novembro, foram concedidos 107,7 milhões de euros com esse fim, 9,3 milhões de euros (+9,4%) e 6,9 milhões (+6,8%) acima dos níveis de outubro e do período homólogo, respetivamente.

A concessão de crédito através dos cartões de crédito foi, aliás, a mais elevada do histórico do Banco de Portugal, cujo início remonta ao arranque de 2013.

No acumulado do ano, os bancos e as financeiras concederam um total de 6,7 mil milhões de euros, montante que corresponde a um aumento de 10% face ao mesmo período do ano passado e um máximo desde o início do histórico do Banco de Portugal.

(Notícia atualizada ás 11h34 com mais informação)

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