Foi um ano “particularmente difícil” para a TAP. Bons resultados voltam em 2019

Miguel Frasquilho assume responsabilidade nos atrasos e cancelamentos e assegura que a companhia aérea vai regressar à trajetória positiva este ano.

A TAP teve um ano de 2018 “particularmente difícil”, impactada pelos investimentos feitos e, sobretudo, pelas indemnizações que teve de pagar aos passageiros pelos cancelamentos e atrasos que marcaram o ano passado. As declarações são de Miguel Frasquilho, presidente do conselho de administração da TAP, que antecipa, contudo, que a companhia aérea nacional vai regressar a uma trajetória positiva já este ano.

“A trajetória de médio e longo prazo mantém-se intacta. É uma trajetória positiva e crescente, mas o ano de 2018 foi particularmente difícil e exigente. Houve um intervalo de curtíssimo prazo nessa trajetória, que se mantém nos anos seguintes e já em 2019″, disse aos jornalistas, esta terça-feira, à margem de um encontro com hoteleiros.

O chairman da companhia aérea justificou este ano “difícil” com a contratação de pessoal, as indemnizações e compensações e os custos com combustíveis. “Tudo isto são à volta de dezenas de milhões de euros”, disse.

Já em setembro, durante a Cimeira do Turismo, Antonoaldo Neves, presidente executivo da TAP, tinha revelado que os atrasos e cancelamentos iriam custar à TAP em torno de 100 milhões de euros no ano de 2018. Na altura, Antonoaldo Neves justificou estas falhas na operação da companhia aérea exclusivamente com os constrangimentos de capacidade no aeroporto de Lisboa, mas, agora, Miguel Frasquilho vem assumir parte da responsabilidade.

“Os voos eram cancelados porque não apareciam os assistentes de bordo, não apareciam os pilotos. Precisávamos de contratar. Agora está tudo ultrapassado. Só posso, humildemente, pedir desculpa aos nossos passageiros e garantir que estamos a fazer tudo para que isso não volte a acontecer“, afirmou.

O administrador da TAP sinaliza, assim, que a companhia aérea poderá voltar a reportar prejuízos. Em 2017, a TAP S.A., a parte do grupo que controla o negócio da aviação, alcançou lucros superiores a 100 milhões de euros. Já o grupo TAP SGPS, a casa mãe que engloba a companhia aérea, voltou a apresentar lucros nesse ano, depois de uma década de prejuízos.

A partir daqui, contudo, a trajetória será de crescimento. Com a aquisição de novos aviões e a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, a TAP vai passar a ter 130 aviões em 2025 e espera alcançar os 20 milhões de passageiros já no próximo ano. Atualmente, a companhia aérea transporta cerca de 16 milhões de passageiros.

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