PIB deverá crescer menos que o previsto, segundo a Católica
Segundo estimativas da Católica, O PIB deverá crescer 0,3% abaixo dos 2% previstos para este ano.
O PIB deverá registar um crescimento homólogo de 2% em 2019, uma revisão em baixa de 0,3 pontos percentuais, segundo as estimativas do Católica Lisbon Forecasting Lab/NECEP, divulgadas esta quarta-feira.
O NECEP referiu, na 55.ª folha trimestral de conjuntura, que esta evolução justifica-se com “uma menor estimativa do crescimento tendencial, a que acresce o dado fraco do 3.º trimestre do ano passado”.
Por sua vez, em 2020 e 2021, a estimativa de crescimento “mantém-se estável em 2,1%, o que corresponde ao crescimento potencial da economia portuguesa no horizonte da projeção”.
Porém, o Católica Lisbon Forecasting Lab ressalvou que estas previsões “encerram intervalos de previsão bastante alargados, capaz de abarcar, quer um cenário de quase estagnação, quer de franca recuperação, inclusive superior ao registado em 2017 e próximo da média histórica. Quer o ambiente externo, quer o peso da dívida pública continuam a condicionar fortemente as previsões de crescimento”.
Em termos de política orçamental “não são esperadas grandes surpresas”, com os dados das contas nacionais do 3.º trimestre “a confirmarem a possibilidade de um défice próximo da meta de 0,7% para 2018”.
Já na frente externa residem a maior parte dos riscos de “pendor predominantemente descendente, agora mais centrados nos efeitos sobre a economia europeia da incapacidade em se encontrar uma solução pragmática para o problema do ‘Brexit’ e também na escalada do protecionismo, embora as promissoras negociações em curso entre os EUA e a China”.
Também a política monetária se configura agora “mais prudente”, quer nos Estados Unidos, quer na zona euro, onde a taxa de inflação foi de apenas 1,6% em dezembro.
A Católica indicou ainda que o PIB deverá ter registado um crescimento homólogo de 1,8% no quarto trimestre de 2018 e uma subida de 0,5% em cadeia.
Desta forma, a economia portuguesa “deverá ter mantido uma trajetória de crescimento moderado após os registos de 0,3% em cadeia e de 2,1% na variação homóloga do 3.º trimestre”.
Em 2018, Portugal deverá ter assim crescido 2,1%, após 2,8% em 2017, com a taxa de desemprego a fixar-se em 7%, quando, no ano anterior, fixou-se em 8,9%.
“O menor crescimento de 2018 reflete, acima de tudo, um ano de 2017 acima do crescimento tendencial atual. Ao longo do ano passado, e particularmente no segundo semestre, observou-se alguma deterioração do sentimento que se manteve, porém, acima da média histórica”, revelou, em comunicado.
Segundo as estimativas da Católica, “Portugal parece atravessar uma fase marginalmente superior às demais economias europeias”, o que justifica uma estimativa “ligeiramente mais favorável” relativamente a 0,3% em cadeia para zona euro no quarto trimestre.
“O investimento poderá ter acelerado no 4.º trimestre, de acordo com os indicadores disponíveis mais recentes, bem como na continuação da recuperação do consumo privado. No entanto, as exportações poderão ter voltado a contrair tal como no 3.º trimestre de 2018, penalizadas pelo ambiente negativo em torno do comércio internacional”, sublinhou.
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