Seguros de saúde disparam com a crise dos hospitais públicos

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2019

O mercado dos seguros de saúde está em franco crescimento. Na primeiro semestre de 2018, número de contratos aumentou 3% face a igual período do ano anterior.

Os seguros de saúde estão a crescer em Portugal à boleia da crise nos hospitais públicos. Segundo avança a edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias [acesso condicionado], até setembro o setor movimentava 628 milhões de euros.

Só nos primeiros seis meses de 2018, o número de contratos cresceu 3% face a igual período de 2017. Ao todo, terão sido registados mais de 2,6 milhões de seguros de saúde, de acordo com a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e a Associação Portuguesa de Seguradores.

Entre as causas apontadas pelos especialistas para o crescimento deste ramo segurador estão os atrasos no Sistema Nacional de Saúde e a preocupação da população em ter um acesso “célere a cuidados de saúde”.

Paulo Moreira, editor científico internacional em Gestão e Políticas de Saúde prevê que o “setor público seja rapidamente ultrapassado”. “A decadência dos hospitais públicos é o reflexo do desinvestimento”, sublinha.

Já Pedro Pita Barros, professor na Universidade Nova de Lisboa, defende que “o SNS estão longe de ser posto em causa“. O especialista alerta para os vários problema dos seguros de saúde e frisa que não há conflito de interesses entre os dois sistemas. “O SNS tem o papel de segurador público. Isso não impede nem contradiz que os hospitais privados tenham serviço de elevada tecnologia e que procurem estar presentes também na área da oncologia”.

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