Tomás Correia vai recorrer da decisão do Banco de Portugal. Não vê razões para sair da liderança da Associação Mutualista

O Banco de Portugal condenou Tomás Correia e os administradores do Montepio, bem como o próprio banco. O líder da Associação Mutualista diz que vai recorrer da decisão.

Banco de Portugal condenou Tomás Correia, mas também restantes administradores do Montepio por, entre outros, a quebra das regras de controlo interno na gestão da instituição financeira. Tomás Correia diz que não é uma condenação, mas antes “uma decisão” do supervisor. E revela, em resposta ao ECO, que vai recorrer, afastando quaisquer razões para deixar a liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG).

“Importa clarificar que não se trata de uma condenação“, diz o líder da AMMG, quando questionado sobre a condenação por parte da entidade liderada por Carlos Costa que prevê a aplicação de coimas tanto a Tomás Correia como aos administradores que estiveram à frente do Montepio entre 2008 e 2015. Diz que “o que está em causa é uma decisão”, salientando que “o recurso é um direito a exercer”. E “exercerá os seus direitos e recorrerá”.

"Não há qualquer condenação, sanção acessória ou inibição ao exercício da profissão.”

Tomás Correia

Presidente da AMMG

Tomás Correia recebeu a coima mais elevada, de 1,25 milhões de euros, de acordo com o Expresso — o Público avança com um valor superior, de 1,5 milhões de euros. Os restantes administradores receberam coimas de dezenas e centenas de milhares de euros, já o Montepio terá de pagar 2,5 milhões de euros. Adicionalmente, segundo o Expresso, Tomás Correia pode ser alvo de inibição de exercício de funções no setor financeiro.

Ao ECO, o líder da AMMG, rejeita que existam coimas ou quaisquer penas acessórias. “Não há qualquer condenação, sanção acessória ou inibição ao exercício da profissão”, refere Tomás Correia, afastando toda e qualquer hipótese de vir a abandonar o cargo para o qual foi eleito em dezembro de 2018.

“Não se coloca” a hipótese de se afastar do cargo de presidente da AMMG, diz Tomás Correia. “Nem há quaisquer razões para colocar essa hipótese” de sair da liderança da dona do agora denominado Banco Montepio, remata.

(Notícia atualizada às 13h08 com mais informação)

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