Trabalhadores da EMEL protestam na quarta-feira por atualização salarial

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2019

Os trabalhadores da EMEL exigem a atualização dos salários, que estão congelados há mais de nove anos. Vão concentrar-se em frente à Câmara de Lisboa.

Os trabalhadores da EMEL agendaram para quarta-feira uma concentração em frente à Câmara de Lisboa para exigirem a atualização dos salários, congelados há mais de nove anos, disse esta segunda-feira à agência Lusa fonte sindical.

A concentração, com a participação do secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, decorre entre as 16h00 e as 17h00, numa altura em que para os Paços do Concelho está prevista a reunião pública da autarquia, na qual representantes dos trabalhadores esperam intervir.

Segundo Ana Pires, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), o sindicato entrou em negociações com a administração da EMEL – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa – em setembro de 2018, com base no Acordo de Empresa assinado em julho de 2017, para aumentos salariais, congelados há mais de nove anos.

A proposta do CESP prevê um aumento do salário de 50 euros para todos os trabalhadores e 650 euros para o salário mínimo da tabela. No entanto, segundo a sindicalista, depois de um conjunto de reuniões, a administração da EMEL afirmou que “só discute salários com o sindicato quando a CML der indicação de valor e de revisão salarial”.

“Primeiro, não é possível. Existe contratação coletiva e os trabalhadores têm direito a negociar os seus salários no âmbito da contração coletiva e cabe ao sindicato e à administração da empresa fazer a negociação no âmbito deste contrato coletivo. Depois, é verdadeiramente vergonhoso que, após quase 10 anos de congelamento salarial e agora não havendo nenhum tipo de limitação, existindo contratação coletiva e uma empresa que faz lucros de milhões, esteja a querer negar aos seus trabalhadores um direito que é seu, de negociar os seus salários e ver os seus salários aumentados”, considerou Ana Pires.

Os representantes dos trabalhadores esperam intervir na reunião pública da Câmara para pedir a intervenção do presidente Fernando Medina, “que, em última análise, é o responsável por todo este processo, visto que a Câmara tem a tutela da empresa”.

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