EY na primeira audição na comissão de inquérito à Caixa. Seguem-se Carlos Costa e Vítor Constâncio

Audições da comissão de inquérito da CGD arrancam no dia 12 de março, com a auditora EY. Seguem-se Carlos Costa e Vítor Constâncio nos dias seguintes.

A auditora EY, responsável pela auditoria aos atos de gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) entre 2000 e 2015, vai ser a primeira entidade que os deputados vão ouvir na comissão parlamentar de inquérito ao banco público, com a audição a decorrer já no próximo dia 12 de março.

Depois da auditora seguir-se-ão as audições a Carlos Costa e Vítor Constâncio, atual e anterior governador do Banco de Portugal, a 13 e 14 de março, respetivamente, adiantou o presidente da comissão, o deputado social-democrata Luís Leite Ramos, frisando que estas datas dependem do recebimento dos documentos pedidos pelos deputados.

A comissão parlamentar de inquérito à CGD reuniu-se esta terça-feira, pela primeira vez, para definir a calendarização dos trabalhos, assim como a documentação a pedir e os nomes a ouvir. Para já, houve consenso dos grupos parlamentares em relação apenas a estes três nomes a serem ouvidos, mas a lista final ainda está longe de estar consensualizada.

Para já, os vários partidos estão a apresentar várias personalidades e entidades que querem questionar no âmbito daquela que é a terceira comissão parlamentar de inquérito ao banco do Estado.

De José Sócrates a Tomás Correia

Há nomes que são comuns a pelo menos PSD, Bloco de Esquerda e PCP, nomeadamente os antigos presidentes da CGD António de Sousa, Vítor Martins, Carlos Santos Ferreira, Faria de Oliveira e José de Matos e o atual Paulo Macedo e os ex-ministros das Finanças Luís Campos e Cunha, Teixeira dos Santos e Vítor Gaspar. Também Maria Luís Albuquerque é requerida por Bloco e PCP.

Ainda entre antigos responsáveis do banco que os deputados querem ouvir estão Francisco Bandeira, Almerindo Marques, Celeste Cardona, Norberto Rosa, Armando Vara, Rodolfo Lavrador, Jorge Tomé, Nuno Fernandes Thomaz, Jorge Cardoso, Tomás Correia, Sérgio Monteiro e Mira Amaral, entre outros.

No que toca a responsáveis políticos, o Bloco pretende ouvir José Sócrates e ainda Manuel Pinho, para lá dos antigos ministros das Finanças já referidos. Já o PCP tem na sua lista António Bagão Félix (antigo ministro das Finanças) e os antigos secretários de Estado do Tesouro Francisco Esteves de Carvalho, Luís Morais Leitão, Carlos Costa Pina e Manuel Luís Rodrigues.

Por outro lado, sociais-democratas e bloquistas querem ouvir alguns dos grandes devedores do banco: Joe Berardo (Metalgest e Fundação Berardo), Matos Gil (La Seda), Manuel Fino (Investifino), Diogo Gaspar Ferreira (Vale do Lobo) e Joaquim Barroca (Lena). O Bloco de Esquerda acrescenta os nomes de Rui Horta e Costa e de Luís Horta e Costa, ambos ligados ao projeto de Vale do Lobo.

No total, o PSD quer ouvir 33 personalidades, enquanto o Bloco pretende levar à comissão 34 personalidades e o PCP 28, embora muitos nomes sejam comuns aos três partidos e cujas listas vão ser cruzadas com as do PS e CDS na reunião desta quarta-feira.

(Notícia atualizada às 20h04)

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