EDP prepara-se para vender ativos em Portugal. Vai investir sete mil milhões nas renováveis
Segundo a Reuters, António Mexia deverá avançar com a venda de ativos de geração de energia na Península Ibérica. Irá investir sete mil milhões nas energias renováveis.
A EDP está a preparar a venda de ativos de geração de eletricidade em Portugal, segundo confirmaram três fontes próximas da empresa à Reuters. O objetivo da alienação é libertar financiamento para a expansão das energias renováveis e poderá ser tornado público na próxima terça-feira, quando o CEO António Mexia apresentar o plano estratégico e as contas de 2018, em Londres.
Na Península Ibérica, a elétrica detém ativos de geração de eletricidade em Portugal e Espanha, avaliados em 1,7 mil milhões de euros e responsável por 90% da geração e distribuição de eletricidade no país. Poderá agora vender parte para reforçar nas renováveis. Como o ECO Insider (acesso reservado a assinantes) noticiou na newsletter desta sexta-feira, o investimento neste segmento para os próximos anos deverá ascender a sete mil milhões de euros.
A alienação de parte destes ativos era um dos pedidos feitos pelo fundo ativista Elliott, que se manifestou recentemente sobre a estratégia da empresa e a quem Mexia remeteu para a apresentação do plano estratégico.
O Fundo Elliott, que tem menos de 3% da EDP, tomou pela primeira vez uma posição sobre a oferta pública de aquisição (OPA) apresentada pela China Three Gorges (CTG), em fevereiro. Defendeu que esta não favorece os melhores interesses dos stakeholders e que o preço é baixo. Em contrapartida, apresentou uma série de sugestões para a gestão da EDP, que considera poderá levar o preço das ações para 4,33 euros, contra a oferta de 3,26 euros por ação.
Entre essas sugestões, além de ativos de geração de energia em Portugal, está a venda de uma participação de 49% na distribuição de eletricidade Ibérica. “As Redes Ibéricas são um ativo regulado com fluxos de caixa de longa duração sendo uma das poucas oportunidades que restam a investidores financeiros que pretendem investir nesta área. Tendo em conta a recente subida da notação de rating de Portugal, os negócios da EDP nas Redes Ibéricas serão atrativos para um grande número de compradores”, disse na altura.
Além da Península Ibérica, o fundo também apontou para a atividade no Brasil. O fundo Elliott sugeriu ainda a venda da participação da EDP na subsidiária EDP Brasil devido ao “potencial de crescimento do mercado brasileiro” e possibilidade de um “prémio significativo em relação ao valor atual de negociação, em linha com as recentes transações de utilities no Brasil, tendo em conta que existe procura considerável por este tipo de plataformas”.
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