Licenças para habitações batem em 2018 máximo dos últimos 8 anos

  • Lusa
  • 11 Março 2019

As câmaras municipais licenciaram 19.800 alojamentos novos no ano passado, no que foi uma subida de 40,2% em relação a 2017. O consumo de cimento também cresceu.

As licenças para construção e reabilitação de habitações aumentaram 40,2% em 2018, face a 2017, atingindo o máximo desde 2010, revelou esta segunda-feira a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).

As câmaras municipais licenciaram 19.800 alojamentos novos em 2018, um aumento de 40,2% face aos 14.100 fogos licenciados em 2017, o que, segundo a associação, “corresponde ao melhor registo deste indicador desde 2010”. A acompanhar este aumento de atividade na construção civil, o consumo de cimento cresceu 4,1% no ano passado, face ao anterior, atingindo os 2,81 milhões de toneladas.

A AICCOPN, em comunicado divulgado nesta segunda-feira, lembra que é preciso recuar a 2012 para obter um consumo de cimento superior ao do final do ano passado. A associação dá ainda conta de um aumento de 19,1% no crédito concedido em 2018 pelas instituições financeiras para aquisição de habitação, atingindo os 9,84 mil milhões de euros, “o maior desde 2010”.

“Apesar deste aumento, o stock de crédito à habitação no final de 2018 foi inferior em 204 milhões de euros ao registado no final de 2017”, ressalva. O ano de 2018 terminou com o valor médio da avaliação bancária na habitação de 1.220 euros por metro quadrado, mais 6,1% do que em 2017, o que a AICCOPN diz corresponder a um novo máximo histórico da série que se iniciou em 2008.

Nos apartamentos o valor fixou-se em 1.284 euros por metro quadrado, traduzindo um aumento de 7%, e nas moradias em 1.119 euros, mais 4,9% do que em 2017. A destoar dos aumentos registados no ano passado, a Região Autónoma da Madeira registou uma diminuição de 14% no número de fogos licenciados em construções novas em 2018, face a 2017, que totalizaram 278 (323 alojamentos em 2017).

Subida da produção na construção abranda para 2,2% em janeiro

O crescimento do Índice de Produção na Construção abrandou para 2,2% em janeiro, em termos homólogos, depois de ter registado uma subida de 3,2% no mês anterior, divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, o abrandamento da atividade na construção “foi extensivo” aos dois segmentos considerados – construção de edifícios e engenharia civil – que em janeiro registaram variações homólogas de 2,5% e 1,7%, respetivamente (contra 3,6% e 2,6%, pela mesma ordem, em dezembro de 2017).

O segmento da construção de edifícios contribuiu com 1,5 pontos percentuais para o índice agregado, enquanto o de engenharia civil registou uma contribuição de 0,7 pontos percentuais. Já os índices de emprego e de remunerações tiveram crescimentos de 1,8% e 4,1% em janeiro, abrandando face aos 2,1% e 4,5%, respetivamente, registados em dezembro.

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