Receio sobre o crescimento económico cresce. Wall Street treme

Os três principais índices bolsistas dos EUA tiveram a pior sessão do ano, com os investidores a revelarem receios face ao rumo da economia global, perante dados desanimadores sobre a indústria.

O sell-off a que se assistiu no mercado acionista europeu estendeu-se às ações norte-americanas na última sessão da semana. Os três principais índices bolsistas dos EUA fecharam no vermelho, com perdas entre 1% e 2%, penalizados por dados fracos sobre as indústrias europeias e norte-americanas. Há o receio de que a economia global desacelere.

O S&P 500 perdeu 1,9%, para os 2.800,73 pontos, enquanto o Dow Jones deslizou 1,77%, para 25.502,66 pontos. Por sua vez, o Nasdaq caiu 2,5%, para 7.642,67 pontos. Para qualquer desses três índices tratou-se da pior sessão desde o início do ano (3 de janeiro).

Dados aquém do esperado sobre a atividade industrial dos EUA, em março, acompanhados por indicadores semelhantes na Europa, com a produção da Zona Euro a cair para o nível mais baixo desde abril de 2013, fizeram soar os alertas relativamente a um cenário de desaceleração económica global.

Tal refletiu-se numa inversão das yields da dívida dos EUA, com a taxa dos títulos a três meses a superar a yield das obrigações a dez anos. Também os juros da Alemanha a dez anos refletiram os receios dos investidores entrando em terreno negativo, o que já não acontecia desde outubro de 2016.

“É definitivamente um sinal de alerta”, disse Peter Kenny, fundador da Kenny’s Commentary, citado pela Reuters.

Dos 11 principais setores do S&P 500, apenas os defensivos, ou seja, que não são influenciados pelo ciclo económico, e os de bens de consumo escaparam ao vermelho.

A Nike afundou mais de 6% depois de reportar vendas na América do Norte aquém do esperado. Também a Boeing perdeu “altitude”: as suas ações recuaram quase 3%.

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