Ciclone Idai causou danos de dois mil milhões de dólares e afetou três milhões de pessoas, diz Banco Mundial

O ciclone Idai, que arrasou Moçambique, Zimbabué e o Malawi no mês passado, deverá ter custado aos três países mais de dois mil milhões de dólares (1,77 mil milhões de euros), disse esta sexta-feira o Banco Mundial, citado pelo The Guardian (conteúdo em inglês). Até ao momento foram cerca de três milhões as pessoas que ficaram afetadas.

As primeiras estimativas apontam para um custo superior a dois mil milhões de dólares “em impacto nas infraestruturas e meios de subsistência”, referiu o Banco Mundial em comunicado, após uma reunião que decorreu em Washington esta quinta-feira.

“Até ao momento, cerca de três milhões de pessoas foram afetadas, com danos quase totais nas áreas mais afetadas”, continuou a instituição.

O ciclone Idai chegou à cidade portuária da Beira a 14 de março e continuou para oeste em direção ao Zimbabué. Só em Moçambique houve mais de 600 mortes entre os 1,5 milhões de pessoas afetadas. No Zimbabué cerca de 345 pessoas morreram. O sul do Malawi também foi arrasado pelo ciclone, com chuvas fortes que mataram 95 pessoas.

O Banco Mundial referiu ainda que o Idai danificou o corredor de infraestrutura que liga o porto de Beira ao Malawi, Zâmbia e Zimbabué, “interrompendo o comércio regional e o fornecimento de combustível, trigo e outros bens”. A instituição alertou para a “colaboração mundial”, uma vez que a recuperação e a reconstrução destas zonas estão em curso.