Ajuda portuguesa já aterrou em Moçambique. Há mais a caminho
O primeiro avião português já aterrou em Moçambique e transportou fuzileiros que vão ajudar nas operações de busca e salvamento. Portugal vai enviar mais ajuda.
O primeiro avião com ajuda portuguesa já aterrou em Moçambique e transportou fuzileiros e barcos que vão ajudar as autoridades locais nas operações de busca e salvamento, na sequência do ciclone Idai que deixou inundada uma área com extensão de 100 quilómetros e que matou pelo menos 217 pessoas no centro do país.
Além deste, o Governo despachou também outra aeronave C-130 Hercules com agentes da Proteção Civil. Estima-se que 15 mil pessoas precisem de ser resgatadas rapidamente destas zonas.
“É preciso ter em conta que a situação não está estabilizada. Não há dimensão real das necessidades”, lembrou o primeiro-ministro português, António Costa, numa conferência de imprensa em Bruxelas, transmitida em direto pela SIC Notícias. Só mais tarde é que as autoridades moçambicanas serão capazes de dizer, com mais precisão, que tipo de ajuda vai ser necessária, e em que quantidades. “Estamos em contacto permanente”, garantiu.
Questionado sobre os 30 portugueses naquela região do globo que ainda não foi possível contactar, o governante recusou considerá-los como “desaparecidos” e indicou serem pessoas que o Estado português tentou contactar, mas sem sucesso. “Esperamos que seja apenas por motivos técnicos, por indisponibilidade das redes”, afirmou António Costa, ao lado da comissária Frederica Mogerini, no fim de um encontro em torno do Brexit.
Segundo a alta representante da UE para os Assuntos Externos, a Comissão Europeia despachou uma ajuda financeira de dois milhões de euros assim que tomou conhecimento da tragédia. Reconhecendo tratar-se de um montante “pequeno face à dimensão das necessidades”, a comissária mostrou intenções de alargar esta ajuda. Até porque já foi acionado por Moçambique um mecanismo europeu de emergência. “É muito difícil atuar neste tipo de circunstâncias, mas estamos lá para apoiar com toda a nossa energia e recursos”, garantiu Frederica Mogerini.
Estima-se que pelo menos 300 pessoas tenham morrido por causa do ciclone Idai que afetou Moçambique, Maláui e Zimbabué. Já foram resgatadas 3.000 pessoas, segundo os dados mais recentes, avançados pelo ministro Celso Correia, que tem a pasta do Planeamento Territorial. Segundo a Cruz Vermelha Internacional, existem cerca de 400 mil pessoas desalojadas.
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