“Há uma corrida aos postos” para atestar. Preços não mexem, garante a associação das petrolíferas
A Apetro aguarda que a requisição civil seja acatada pelos grevistas. Não há abastecimento dos postos, havendo uma procura superior ao normal por parte dos condutores, esgotando os combustíveis.
O Governo avançou com a requisição civil para garantir os serviços mínimos na greve dos motoristas de matérias perigosas, mas esta ainda não foi acatada. Sem abastecimento de combustíveis, as gasolineiras começam a ficam sem produto para vender. Perante a escassez, o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) reconhece a “corrida aos postos”, mas garante que os preços não estão a mexer.
“Temos de esperar que a requisição civil venha a ser acatada” pelos motoristas que desde as zero horas de segunda-feira entraram em greve, exigindo salários mais elevados. “Não podemos fazer nada” para garantir que há combustível nos postos de abastecimento, diz António Comprido, ao ECO.
O representante das petrolíferas diz que ainda não tem uma contabilização dos postos que estão sem combustível, mas já há postos que esgotaram as reservas. Há relatos de postos na capital, mas também já não existe gasolina nem gasóleo no posto da Mealhada, na A1, de acordo com a RTP.
“As notícias [da greve destes motoristas] estão a levar mais pessoas aos postos” de abastecimento. Há uma corrida, mas é normal” que aconteça, com os condutores a procurarem precaver-se perante receios de ficarem sem gasolina ou gasóleo. Como o ECO testemunhou, há filas à entrada de vários postos de abastecimento que ainda têm combustível, como é o caso da Repsol na Avenida de Ceuta, em Lisboa.
Questionado sobre se a crescente procura está a ter impacto nos preços, António Comprido diz que não. “Não tenho reporte de subidas de preços. Tomara [os postos de abastecimento] terem produto” para poderem vender, desabafa. Recorda que os preços mexerem no início da semana, como acontece sempre, mas que não estão a ser alterados em resultado da greve.
O secretário-geral da Apetro diz que uma vez acatada a requisição civil, que repõe os serviços mínimos, a situação possa voltar à normalidade. “É uma situação desagradável, em termos de venda e perturbação” das operações, nota. “Mas também o é para a economia”, nota.
Sobre o regresso à normalidade, António Comprido diz que essa depende da celeridade com que forem retomados os abastecimentos. “A partir do momento em que os postos de maior consumo comecem a ser abastecidos, a situação normaliza-se”, diz António Comprido.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
“Há uma corrida aos postos” para atestar. Preços não mexem, garante a associação das petrolíferas
{{ noCommentsLabel }}