Huawei vai vender negócio dos cabos submarinos
Sob pressão dos EUA, a Huawei terá decidido vender 51% do negócio de cabos submarinos a uma empresa chinesa de fibra ótica. Infraestrutura também serve Portugal e arquipélagos.
A Huawei vai vender uma posição de 51% no negócio de cabos submarinos à empresa chinesa de fibra ótica Hengtong Optic-Electric. O acordo, noticiado pela Reuters, terá sido assinado a 31 de maio pelas duas empresas, segundo mostram os documentos regulatórios submetidos em Xangai. O montante envolvido na transação não é conhecido.
Esta é a primeira grande movimentação da Huawei desde que foi colocada na lista negra das exportações nos EUA, uma medida da Administração Trump que está a ser vista como retaliatória contra o regime chinês em plena guerra comercial entre os dois países. A medida encontra-se, atualmente, suspensa.
A subsidiária Huawei Marine Systems detém cabos submarinos nos quatro cantos do mundo, incluindo nos arquipélagos portugueses e entre Portugal continental e o norte de África, assim como entre o Brasil e África equatorial, de acordo com dados recolhidos pelo The Wall Street Journal (acesso pago).

A empresa tem ainda cabos submarinos que ligam os EUA ao Reino Unido e terá planos para construir infraestruturas do mesmo género na América do Sul e até no mar Mediterrâneo.
A tecnológica chinesa tem estado sob pressão, acusada de ser um veículo de espionagem do regime comunista chinês através da tecnologia que foi instalado e disponibilizando nos quatro cantos do mundo. Concretamente, os cabos submarinos são uma importante infraestrutura, crítica para o funcionamento da internet e para a comunicação intercontinental, representando uma alternativa aos satélites.
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