China Three Gorges quer ficar com ativos da EDP no Brasil

  • ECO
  • 4 Junho 2019

A maior acionista da elétrica portuguesa pretende avançar com a fusão de ativos no Brasil, segundo noticia a Bloomberg.

A China Three Gorges, maior acionista da EDP, quer fundir os ativos que detém no Brasil com os da elétrica portuguesa no mesmo país, segundo noticia a Bloomberg, citando fontes próximas do processo. Caso o negócio avance, a CTG poderá vir a controlar a nova empresa que resulte da fusão.

As negociações para a fusão estarão ainda numa fase inicial, de acordo com a agência. A empresa estatal chinesa controla 23% do capital da EDP e tentou, em maio de 2018, comprar o restante capital. A oferta pública de aquisição (OPA) acabou por cair quase um ano depois.

A EDP é acionista maioritária (com 51% do capital) da EDP Brasil e a hipótese de uma fusão dos negócios brasileiros já tinha sido levantada pela Reuters. O acionista ativista Elliott — que entrou no capital da EDP em novembro do ano passado e manifestou-se pela primeira vez em fevereiro — defendeu a venda do negócio brasileiro, dizendo que poderia render 2,3 mil milhões de euros.

A EDP Brasil acumula uma valorização de 33% em bolsa brasileira desde o início do ano. Às 15h20, os títulos da unidade brasileira valorizam 5% para 20,59 reais, enquanto a elétrica sobe 1,44% para 3,32 euros, em Lisboa.

EDP tinha já anunciado mudanças estratégicas, incluindo um plano de venda de ativos, e esta notícia surge menos um mês depois de a EDP ter anunciado uma joint-venture com a francesa Engie com foco na energia eólica offshore. Nesse caso, o objetivo é criar um líder mundial no mercado de energias renováveis através da parceria em que cada empresa terá partes iguais e entrar em mercados asiáticos como o Japão ou a Coreia do Sul.

Na altura, o CEO António Mexia garantiu que não houve qualquer relação entre o negócio e o fim da OPA, mas explicou ter recebido o aval do acionista maioritário. “O que anunciámos foi aprovado de acordo com as regras do jogo e pelos principais acionistas”, afirmou Mexia, acrescentando, no entanto, que a joint-venture “é uma relação exclusiva” entre a EDP e a Engie pelo que a CTG não será incluída.

(Notícia atualizada às 15h34 com mais informação)

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