Abanca “atento às oportunidades” em Portugal. Quer crescer 30% até 2021

Espanhóis do Abanca acabaram de comprar o negócio do Deutsche Bank em Portugal e continuam atentos às oportunidades no mercado. Banco quer crescer 30% nos próximos três anos.

Juan Carlos Escotet (presidente do Abanca) entre Pedro Pimenta (Abanca Portugal, à direita) e Francisco Botas Rotero (CEO do Abanca, à esquerda).Abanca

O Abanca acabou de comprar o negócio do Deutsche Bank em Portugal, mas mantém-se “atento às oportunidades” no mercado português. Ainda assim, mesmo sem novas aquisições, os espanhóis contam crescer 30% no país até 2021.

“Estamos sempre atentos às oportunidades que existem”, revelou esta quarta-feira o presidente do Abanca, Juan Carlos Escotet, que veio a Lisboa após a instituição ter concluído no fim de semana todo o processo de integração da operação do Deutsche Bank adquirida há um ano. Esta aquisição, cujo valor não é conhecido devido ao acordo de confidencialidade assinado com os alemães, torna Portugal no segundo mercado mais relevante para os espanhóis.

“Sem pressas, mas sem pausas” no crescimento no mercado nacional, prosseguiu Juan Carlos Escotet, isto depois de ter dado a conhecer a estratégia que Abanca tem para Portugal.

O banco pretende crescer aproximadamente 30% nos próximos anos. Tem como meta chegar a 2021 com um volume de negócios na ordem dos 9,4 mil milhões de euros, correspondendo 5,4 mil milhões de euros a recursos de clientes e quatro mil milhões a crédito.

Com a compra do Deutsche Bank Portugal, o Abanca passa a contar com 500 trabalhadores, espalhados por 70 agências no país. Escotet salientou que a operação em Portugal vai ser “100% portuguesa”, mantendo Pedro Pimenta como principal responsável da instituição no país. A atual equipa portuguesa do Abanca tem “capacidade de levar a bom porto” a operação, sublinhou o gestor espanhol, que destacou a “solvência do balanço” do banco e o “conhecimento local que permite financiamento às PME” como os dois pilares importantes que diferenciam o Abanca no mercado português.

Durante a apresentação aos jornalistas, Juan Carlos Escotet reconheceu, ainda assim, que o mercado bancário nacional é “muito competitivo” e que apresenta oferta de serviços boa, isto num contexto em que a economia dá bons sinais. Destacou que a expectativa de crescimento do PIB português nos próximos anos supera em 50% a média europeia e classificou como “apaixonante” a expansão do turismo. Aliás, até deu como exemplo a adega que o Abanca possui no Douro, a Sogevinus, que tem vindo a registar recordes no número de turistas. “O futuro de Portugal é prometedor”, disse.

Além do Deutsche Bank em Portugal, o banco também adquiriu recentemente o Banco Caixa Geral em Espanha, pagando à Caixa Geral de Depósitos 364 milhões de euros. Juan Carlos Escotet diz que processo está “muito avançado”, estando à espera das autorizações regulatórias para fechar a aquisição. Prevê integrar banco ainda este ano, ressalvou o gestor espanhol.

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