Lisboa lidera perdas na Europa. Galp Energia pesa no PSI-20

O PSI-20 liderou perdas entre as principais praças europeias. A sessão foi de perdas para 15 das 18 cotadas do índice. No dia em que lança um empréstimo obrigacionista através da SIC, a Impresa caiu.

Lisboa foi arrastada para terreno negativo pelos títulos dos setores do papel, energia e banca. Com 15 das 18 cotadas no vermelho, o PSI-20 desvalorizou 1,3% para 5.063,67 pontos e liderou as perdas nas principais praças do Velho Continente.

“A bolsa portuguesa terminou em baixa e com uma performance nitidamente mais fraca do que as congéneres europeias”, referem os analistas do BPI num comentário de fecho da sessão, apontando para a “underperformance dos títulos mas dependentes da envolvente externa”.

A Altri foi a cotada que mais caiu no índice de referência nacional, com um tombo de 3,43% para 6,05 euros. As pares do setor do papel e pasta de papel Semapa e Navigator desvalorizaram igualmente 1,97% e 1,6%, respetivamente. Já os CTT caíram 2,22% e o BCP caiu 1,87%.

Petróleo penaliza Galp Energia

A Galp Energia acompanhou a tendência de perdas no petróleo nos mercados internacionais, com o Brent a perder 0,52% em Londres para 61,69 dólares por barril e o crude WTI a recuar 0,50% para 52,24 dólares. O mercado petrolífero inverteu assim o sentimento da última semana já que os receios de desaceleração da economia estão a fazer esquecer os ataques aos navios petroleiros no Omã.

A petrolífera portuguesa afundou 2,13% para 12,87 euros por ação. Ainda na energia, a EDP Renováveis desvalorizou 1,20% para 9,09 euros e a EDP recuou 0,93% para 3,41 euros. No retalho, a Jerónimo Martins tombou 1,29% para 14,20 euros e a Sonae recuou 0,68%.

Fora do PSI-20, o destaque está na Impresa, dona da SIC. A estação de televisão começou esta segunda-feira a oferta de 30 milhões de euros através de uma emissão de obrigações com uma taxa de juro de 4,5%. A oferta de títulos, com três anos de maturidade, é direcionada ao retalho. A Impresa desvalorizou 0,79% no PSI Geral para 0,25 euros por ação.

Ações da Altice recuam após Draghi anunciar compra da Sotheby’s

Na Europa, a tendência foi de ganhos “com os investidores expectantes” em relação à reunião da política monetária da Reserva Federal dos EUA que termina na próxima quarta-feira. “Esta postura expectante traduziu-se num comportamento mais defensivo por parte dos investidores europeus, que continuaram a preferir obrigações de Estado e títulos menos cíclicos“, acrescenta o BPI.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou praticamente inalterado, tal como o alemão DAX. Tal como Lisboa, Madrid também fechou no vermelho, com uma perda de 0,4%. O britânico FTSE 100 ganhou 0,2%, o francês CAC 40 avançou 0,6% e o italiano FTSE MIB somou 0,07%.

Em termos empresariais, o destaque vai para as companhias aéreas que foram penalizadas pelas fracas estimativas de lucros da Lufthansa, cujas ações tombaram 11,62%. A par Air France KLM desceu 4,49%. A Altice, cujo dono Patrick Drahi vai comprar a leiloeira Sotheby’s, deslizou 0,66%. Em sentido contrário, o Deutsche Bank — que criou um banco mau com 50 mil milhões de euros — valorizou 1,64%.

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