Metro do Porto aprova contas de 2018 e elege novos orgãos sociais

  • ECO e Lusa
  • 17 Junho 2019

Tiago Braga foi eleito como novo presidente da Metro do Porto, no dia em que a assembleia-geral aprovou as contas da empresa que em 2018 viu o prejuízo baixar em um milhão para 95,7 milhões de euros.

A Metro do Porto aprovou esta segunda-feira as contas de 2018, registando receitas de 49 milhões de euros, custos operacionais de 38,6 milhões e um prejuízo de 95,7 milhões de euros, menos um milhão do que no ano anterior. Na mesma assembleia-geral, foram eleitos ainda os novos orgãos sociais. Tiago Braga será o novo presidente da empresa.

A assembleia-geral realizada hoje decorreu depois de dois adiamentos, a 31 de maio e 12 de junho, pedidos pelo acionista Estado que detém 60% do capital da Metro do Porto, seguindo-se e Área Metropolitana do Porto e municípios, com 40%.

Fonte da Metro do Porto indicou aos jornalistas, no final da reunião, que o relatório de contas foi aprovado por unanimidade, sendo ainda aprovada a escolha dos novos orgãos sociais para o próximo triénio, que viabilizou a indicação de Tiago Braga para assumir a presidência da Metro do Porto. A 24 de maio, o Governo revelou ter indicado o engenheiro Tiago Braga, administrador não executivo da Metro do Porto, para substituir Jorge delgado no cargo, depois de este ter saído em fevereiro para a secretaria de Estado das Infraestruturas.

O Conselho de Administração da empresa será ainda composto por Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, que se mantém como administrador não executivo. O presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, e a vereadora dos Transportes da Câmara do Porto, Cristina Pimentel, assumirão igualmente funções não executivas na nova administração.

Prejuízos baixam em um milhão

Na mensagem inserida no Relatório de Gestão a que a Lusa teve acesso, o administrador executivo da empresa, Pedro Azeredo Lopes, destaca que 2018 terminou com as receitas num “novo máximo absoluto de 49 milhões de euros“, representando um “crescimento de 7,6%” face a 2017, enquanto os custos operacionais “se mantiveram em 38,6 milhões de euros“.

O responsável destaca tratar-se de um “novo máximo absoluto” para a receita de exploração da rede e alerta que, em 2018, o tarifário Andante apenas sofreu uma atualização de 1,4% no valor das assinaturas mensais e em que os títulos ocasionais mantiveram os seus preços praticamente inalterados”.

Azeredo Lopes refere, ainda, que “os resultados operacionais melhoraram 21%, tendo os resultados líquidos da empresa melhorado ligeiramente” para menos 95,7 milhões de euros.

“Embora todos os indicadores operacionais continuem a evoluir de forma extremamente positiva, a manutenção de uma estrutura de balanço profundamente desequilibrada continua a penalizar a performance da empresa, algo que sucede e se mantém desde o início do projeto”, escreve Pedro Azeredo Lopes.

Contabilizando os três anos anteriores, o sistema do Metro regista um crescimento de cinco milhões de clientes, o equivalente a um “crescimento acumulado de 8,5%”.

“A evolução das receitas e dos custos da operação permitiram que outros dois importantes indicadores de desempenho tenham registado em 2018 valores nunca antes atingidos: a taxa de cobertura direta cresceu nove pontos percentuais e atingiu os 126,9%, algo que é praticamente inédito em sistemas de transportes públicos europeus”, acrescenta o administrador executivo.

De acordo com a empresa, isto é “algo que é praticamente inédito em sistemas de transportes públicos europeus”.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi de 27,8 milhões de euros, representando “um crescimento de 44,5%” face a 2017.

“Nos últimos três anos, o EBITDA positivo acumulado ronda os 60 milhões de euros“.

A Lusa noticiou a 17 de maio que a Metro do Porto terminou 2018 com um prejuízo de 95,7 milhões de euros, menos um milhão de euros do que em 2017, o equivalente a menos 1,03% de resultados negativos.

Durante o ano passado, o metro transportou 62,6 milhões de passageiros, “mais 3,4%” do que em 2017 e “o melhor valor em 16 anos de operação”.

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